O Orçamento e as Grandes Opções do Plano para o ano de 2015 da Câmara Municipal de Lagos foram recentemente aprovados em reunião de câmara extraordinária.
O valor global é de 46 322 885,00€, registando um decréscimo de cerca de 15% face ao orçamento aprovado para 2014.
Segundo a autarquia, "dada a situação de crise económica e financeira que o país e o município atravessam, e o entendimento das forças políticas e entidades ouvidas, impõe-se um grande rigor e austeridade na gestão, implicando igualmente a implementação de medidas com caráter estruturante impostas por lei”.
Nas Grandes Opções do Plano para 2015 são apontadas as principais linhas estratégicas do executivo municipal, liderado por Maria Joaquina Matos, para o concelho. As mesmas assentam em três grandes desafios: Sustentabilidade, Qualidade e Solidariedade.
O primeiro grande desafio será o de assegurar sustentabilidade aos equipamentos construídos e ao património histórico edificado, procurando continuar a perseguir o objetivo de regeneração económica do concelho através do investimento, quer municipal, quer em parcerias com outras entidades, na cultura, na criatividade, no conhecimento e no desporto.
“Estamos cientes que um novo impulso cultural, além de valer por si só, é um fator relevante para o turismo, alavanca determinante para o desenvolvimento económico de Lagos”, pode ler-se no documento.
O segundo grande desafio do próximo exercício orçamental consistirá em manter, a qualidade dos serviços prestados aos cidadãos nos edifícios públicos, em diversos domínios de atividade. “Queremos também melhorá-la nas vias de comunicação e no ambiente, conscientes da necessidade de continuar a projetar Lagos no país e no estrangeiro. Esforçar-nos-emos na conservação, reparação de vias municipais, favorecendo a mobilidade dos cidadãos, pois a otimização de acessibilidades será sinónimo de reforço da coesão municipal”, promete o executivo.
Finalmente, o terceiro desafio, a solidariedade, é o de continuar a exercer o poder autárquico de forma inclusiva. A manutenção e o reforço dos apoios aos estratos sociais mais vulneráveis continua a ser uma prioridade “inabalável” da ação municipal, já as medidas de contração da despesa pública e as suas implicações económicas continuam a atingir, sem exceção, as diversas prestações sociais, havendo um aumento considerável da pressão sobre os mecanismos municipais através dos quais são prestados diversos apoios.
A Proposta de Orçamento e Grandes Opções do Plano para o ano de 2015, será agora submetido à apreciação e aprovação da Assembleia Municipal.