Sociedade

Município de Lagos evocou memória do Infante D. Henrique

À semelhança de anos anteriores, o Município de Lagos prestou homenagem à memória do grande navegador Infante D. Henrique, numa cerimónia que celebrou os 554 anos sobre a sua morte e que decorreu no dia 13 de novembro, na Praça com o seu nome.

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Esta cerimónia, organizada anualmente pela Câmara Municipal de Lagos, contou com a participação de uma Secção de Fuzileiros da Marinha Portuguesa, que se associou mais uma vez mais à celebração desta efeméride. 
 
Vários foram os convidados que também estiveram presentes neste tributo que decorreu junto à estátua do Navegador, nomeadamente, o executivo municipal, deputados municipais, presidentes das juntas de freguesias, o Comandante da Zona Marítima do Sul, o Capitão do Porto de Lagos entre outras autoridades militares e civis. 
 
Estiveram igualmente presentes centenas de crianças que participaram em diversas atividades didáticas que ficaram a conhecer melhor as principais figuras e acontecimentos históricos do período dos Descobrimentos Portugueses.
 
Depois de prestada a homenagem à memória do Infante, com a deposição de uma coroa de flores, usou da palavra o capitão de mar e guerra Paulo Manuel José Isabel, Comandante da Zona Marítima do Sul, que afirmou estar “honrado em participar nesta homenagem a tão importante navegador português, e a quem bem sabemos o quanto somos devedores”.
 
Para este responsável máximo da Zona Marítima do Sul, “é com agrado que a Marinha Portuguesa participa nesta cerimónia que evoca a memória de alguém que nunca aceitou os desafios que a terra impôs e que descobriu no Mar um novo desafio”.
 
Paulo Isabel terminou defendendo que “o simbolismo da figura do Infante é uma referência que devemos sempre manter”, sendo que a melhor forma de manter viva a sua memória é “seguir o seu exemplo de empreendedorismo. O nosso futuro está indiscutivelmente ligado ao mar…assim o saibamos construir”, referiu a terminar a sua breve intervenção.
 
Por seu turno, a Presidente da Câmara Municipal de Lagos, Maria Joaquina Matos, iniciou a sua alocução relembrando que mais uma vez “nos reunimos aqui junto à estátua do Infante nesta singela, mas importante e simbólica homenagem, que deveremos repetir ano após ano”. 
 
Lembrando que “a nova idade em que os Povos começavam a estar em contacto, partilhando ideias e valores, promovendo a troca de conhecimentos e bens materiais, passou por Lagos, passou pelo Infante, e foi em seu nome que durante quarenta anos se navegou”, a autarca defendeu que “o espírito vencedor do Infante, a sua força de vontade e o seu empreendedorismo são valores que devemos ter como exemplo a seguir nos dias de hoje”. A intervenção da presidente foi concluída com a leitura de um poema de Miguel Torga. 
 
Nascido no Porto em 1394, o Infante faleceu a 13 de novembro de 1460, em Sagres. A partir desta terra, em Lagos e no restante território atualmente correspondente à área geográfica de influência da “Terras do Infante – Associação de Municípios” (Lagos, Aljezur e Vila do Bispo), empreendeu a gigantesca operação de descoberta do mundo além mar.