Sociedade

Município de Silves e Exército Português defendem floresta contra incêndios

O protocolo que prevê a realização de diversos trabalhos de defesa da floresta contra incêndios será assinado entre a Câmara Municipal de Silves e o Exército Português no próximo dia 16 de fevereiro, pelas 12h00, no Salão Nobre do edifício dos Paços de Concelho, em Silves.

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Um protocolo que permitirá uma intervenção alargada no que toca à área territorial na defesa da área florestal do concelho de Silves, e surge como consequência da relação estreita de cooperação existente entre as duas entidades, que se intensificou em 2015 e que permanecerá em 2016, com a presença dos militares na serra, onde têm uma base logística na Quinta Pedagógica. 
 
«A grande dimensão do território florestal de Silves, percorrido por grandes incêndios florestais durante as ultimas décadas, o despovoamento a que se encontra sujeito que determinou o fim de importantes áreas agrícolas de proteção,os difíceis acessos ou as especificidades do uso do solo, fundamentam a necessidade urgente em intervir na área florestal, no sentido de evitar ou minimizar as consequências de situações similares às verificadas nos grandes incêndios de 2003 e 2005 que devastaram o concelho de Silves e parte substancial do Barlavento Algarvio», explicou Nelson Correia, Comandante Operacional Municipal e responsável pelo serviço de Serviço de Proteção Civil e Florestas da autarquia.
 
O protocolo prevê ainda que os trabalhos desenvolvidos pelos militares do Regimento de Engenharia Nº1, sedeado em Tancos, realizados ao abrigo do “Plano de Atividade Civil do Exército Português”, sejam definidos e coordenados pelos elementos do Serviço de Proteção Civil e Florestas da autarquia.
 
Entre os meios e recursos envolvidos nestes trabalhos, Nelson Correia destaca o «empenhamento de duas máquinas de rastos pesadas do exército, uma retroescavadora, um porta máquinas, uma viatura de transporte de combustível e uma viatura de apoio mecânico da autarquia».
 
Os trabalhos a desenvolver através deste protocolo incidem em toda a área florestal do concelho, em particular na área envolvente à cidade de Silves, fortemente afetada pelo grande incêndio de 2003. 
 
As freguesias de Silves, SB Messines e S. Marcos da Serra e a mata nacional da Herdade da Parra, sob gestão do Instituto de Conservação da Natureza e florestas também são pontos prioritários de atuação das equipas do Exército Português.
 
Outra das ações a realizar no âmbito do protocolo será a colocação de sinalética de apoio e orientação aos meios envolvidos na prevenção e no combate aos incêndios florestais.
 
Para Rosa Palma, Presidente da Câmara de Silves, «este protocolo é determinante para a defesa do nosso território e para que se garanta um trabalho orientado para a prevenção, mas que permita, em condições de catástrofe e de incêndio, agir com prontidão e com segurança, na preservação do património natural, edificado e pessoas». «Estamos certos», afirmou a autarca, «que este será um protocolo modelo, que outras autarquias replicarão, já que tem garantido um trabalho extremamente produtivo e uma confluência de sinergias que servirão para criar pontes e entendimentos futuros para uma melhor gestão do território».