Ambiente

Município de Albufeira e Centro Ciência Viva do Algarve plantaram sobreiros no âmbito do Dia da Floresta Autóctone

Fotos| Rui Gregório
Fotos| Rui Gregório  
No âmbito do Dia da Floresta Autóctone, que se celebra anualmente a 23 de novembro, com o objetivo de promover e divulgar a importância da conservação das florestas naturais, nomeadamente das espécies que fazem parte do património natural português, o Município de Albufeira e o Centro Ciência Viva do Algarve, decidiram proceder à plantação de 10 sobreiros, oferecidos por aquela entidade à autarquia, e que foram plantados na passada sexta-feira, dia 26 de novembro, na Quinta do Alpouvar, junto às Hortas Comunitárias.

Segundo explica o Município em comunicado, as bolotas dos 10 sobreiros plantados na Quinta de Alpouvar foram recolhidas em novembro de 2019, em Monchique, e germinadas nas instalações do Centro de Ciência Viva do Algarve. Cada sobreiro tem em média 20 cm de altura, mas só daqui a 25 anos será possível proceder à primeira extração de cortiça.
 
O presidente da Câmara Municipal de Albufeira sublinhou que a ação revestiu-se de grande simbolismo, uma vez que a preservação e plantação de espécies autóctones como o sobreiro - uma árvore de crescimento lento e grande longevidade, com mecanismos de adaptação que lhe permitem sobreviver a altas temperaturas e à escassez de água típica dos climas mediterrânicos - “constitui uma mais-valia no que respeita à conservação da natureza e da biodiversidade, produção de oxigénio, fixação de gases com efeito de estufa, proteção do solo e dos aquíferos, bem como na recuperação das áreas ardidas”. 
 
 
José Carlos Rolo destacou que este tipo de ações vai de encontro aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas: Vida Terrestre, que visa proteger, restaurar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, travar e reverter a degradação dos solos e a perda da biodiversidade.
 
O autarca está convicto de que a colaboração de todos é essencial para garantir os referidos objetivos, desafiando a comunidade (escolas, associações, empresas e munícipes em geral) a recolher algumas sementes de espécies autóctones, para posteriormente proceder à sua plantação num terreno disponível, contribuindo para a preservação do património natural e da biodiversidade do concelho.
 
Refira-se que o sobreiro ocupa 720 mil hectares do território continental e cobre 22,3% da floresta portuguesa, de acordo com o 6.º Inventário Florestal Nacional. Em finais de 2011, a Assembleia da República atribuiu ao sobreiro o estatuto simbólico de “Árvore Nacional de Portugal”, chamando a atenção para o seu valor económico, social e ambiental.