De acordo com nota da Câmara Municipal de São Brás de Alportel, a Santa Casa da Misericórdia foi uma das primeiras instituições a aderir a esta iniciativa, tendo recebido quatro contentores destinados à recolha seletiva destes resíduos, que podem a partir de agora chegar ao destino certo para a sua valorização.
A entrega, efetuada pela equipa do departamento de Ambiente da Câmara Municipal, contou com a presença da vice-presidente da Câmara, Marlene Guerreiro, do provedor da Santa Casa da Misericórdia de São Brás de Alportel, Júlio Pereira, e da diretora técnica da instituição, Célia Ramos.
Marlene Guerreiro destacou o papel da Santa Casa da Misericórdia de São Brás de Alportel na comunidade, referindo a sua adesão ao projeto como um contributo relevante para a adoção de práticas mais sustentáveis. "Com gestos simples conseguimos dar passos importantes rumo a um futuro mais sustentável. É com alegria que vemos a Santa Casa a aderir a este projeto, exemplo claro de como as instituições podem ser agentes de mudança, promovendo hábitos responsáveis no seu dia a dia. É este tipo de compromisso que nos ajuda a construir uma comunidade mais consciente e preparada para os desafios do futuro", afirmou.
Júlio Pereira destacou, por sua vez, a relevância social e pedagógica do projeto: "A preocupação com a sustentabilidade já faz parte do trabalho que desenvolvemos. Para além dos evidentes benefícios ambientais, esta iniciativa tem também um forte impacto pedagógico. Cabe-nos a responsabilidade de transmitir aos mais jovens o valor da preservação do ambiente, contribuindo para formar cidadãos mais conscientes e preparados para os desafios do futuro".
Esta ação integra o "Projeto Recolha Seletiva de Biorresiduos São Brás de Alportel" desenvolvido pelo município com o apoio do Fundo Ambiental, programa RecolhaBio, cujo objetivo é promover uma gestão mais sustentável dos resíduos urbanos, ao mesmo tempo que sensibiliza e envolve a comunidade.
Esta iniciativa encontra-se na segunda fase, tendo a primeira incidido na recolha de biorresíduos não alimentares, nomeadamente resíduos verdes provenientes de jardins e espaços públicos, através da aquisição de uma viatura elétrica.
A segunda fase, atualmente em curso, prevê a instalação de contentores para a recolha seletiva de biorresíduos alimentares, estrategicamente distribuídos pelos estabelecimentos de restauração e principais produtores do concelho.
No total, serão atribuídos 59 contentores, com capacidades de 800, 240 e 120 litros, adequando-se às necessidades específicas de cada local.
Numa fase seguinte, a autarquia informa que a iniciativa será progressivamente alargada a todos os residentes da zona urbana, com a instalação de contentores com controlo de acesso.
Já nas zonas rurais, continuará a decorrer o projeto de compostagem doméstica, onde é oferecido um kit de compostagem a todos os interessados.
Estas ações são acompanhadas por ações de sensibilização que visam a promoção de práticas mais sustentáveis no quotidiano, incentivar comportamentos ambientalmente responsáveis e contribuir para a valorização dos resíduos orgânicos.
Recorde-se que os biorresíduos, compostos por resíduos biodegradáveis como restos de comida e resíduos de jardins, podem ser transformados em adubo natural ou biogás, contribuindo para a redução das emissões de gases com efeito de estufa e para a produção de energia renovável.
Este projeto pretende evitar que os resíduos orgânicos vão parar a aterro, garantindo a sua valorização.