Com o apoio dos técnicos de cultura, património e turismo do Ayuntamiento de Ayamonte e das câmaras municipais de Castro Marim e Vila Real de Santo António, a empresa responsável pela execução do plano museológico, Latente Gestión Cultural, está a desenvolver trabalho no terreno, para conhecer os recursos patrimoniais que podem ser atrativos e incluídos nos percursos.
Em nota de imprensa, a Eurocidade do Guadiana adianta que, o objetivo é organizar a riqueza patrimonial por eixos temáticos e roteiros interpretativos, nos três municípios. Os percursos serão concebidos de forma a promover, não só a divulgação do património histórico, mas também o meio natural e o património imaterial: os usos e costumes dos habitantes, sublinhou.
Entre os locais visitados, a empresa destaca o grande potencial do território da Eurocidade do ponto de vista etnográfico e a importância de não perder a memória oral dos seus habitantes. Nas palavras de Davinia Román, diretora da empresa responsável por esta fase do projeto, para além de registar espaços-chave como o Centro de Investigação do Património de Cacela Velha ou o Forte de São Sebastião em Castro Marim, foram visitadas casas tradicionais, «falámos com a população. No bairro de Canela de Ayamonte estivemos com a família Sayago, que nos mostrou o uso da horta tradicional e a relação histórica entre os marinheiros espanhóis e portugueses». Para a mesma responsável, «todo esse conhecimento é fundamental para ser preservado, pois representa uma das principais riquezas do território», concluiu.
A Eurocidade prevê que o plano museológico esteja concluído antes do final do ano e que inclua propostas de possíveis itinerários, uma agenda cultural e de eventos comuns, bem como atividades paralelas ao "Território do Museu".
Refira-se que, esta ação, está inserida no projeto Euroguadiana 2020 financiado pelos Fundos Feder através do programa Interreg VA Espanha-Portugal (POCTEP) e enquadra-se noutras ações que promovem a coordenação e o trabalho conjunto entre os três municípios.