Cultura

Museu de Portimão acolhe exposição sobre vestígios da antiguidade ligados ao rio Arade

Foto - CM Portimão
Foto - CM Portimão  
O Museu de Portimão, inaugurou a exposição “Histórias que o rio nos traz”, patente até 3 de novembro.

A mostra revela que desde a antiguidade, o rio Arade foi um ponto de acesso ao interior do país, devido às condições de porto de abrigo natural do seu estuário, o que levou Portimão, provável ‘Portus Hanibalis’, ‘Portus Magnus’ ou ‘Cilpis’, a crescer em estreita ligação com o rio, inserindo-se numa extensa rede de intercâmbios comerciais e culturais.
 
Segundo nota da CCDR Algarve, Unidade de Cultura, explica que o assoreamento progressivo do Arade, condicionou a sua navegação, sendo necessário um plano regular de dragagens, cujo sedimentos são posteriormente depositados nas praias, "nos quais foram descobertos inúmeros vestígios do passado, testemunhos da ocupação desta região desde a pré-história até a atualidade".
 
Esses testemunhos foram recolhidos pelos membros da Associação Projecto IPSIIS, com quem o Museu de Portimão desenvolve desde 2014 um inovador projeto de investigação, intitulado DETDA - Prospeção com detetores de metais nos depósitos de dragados do rio Arade e da ria de Alvor, merecendo destaque o envolvimento e a participação da sociedade civil neste processo. Criado em 2001, na dependência do já extinto CNANS (Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática), o IPSIIS constitui-se como associação em 2014.
 
Integrada nas comemorações de “Portimão, Cidade centenária (1924-2024), esta exposição de arqueologia "permite encarar os dois cursos de água como repositórios de património e a valorização dos vestígios recuperados enquanto reflexos materiais das populações que habitaram as suas margens", conclui a nota.