Com o objetivo de potencializar a riqueza histórica e patrimonial de Faro, a autarquia sugere que não perca a obra fotográfica de Osores (J. Manuel Andrade), através da exposição fotográfica “Vila Adentro, ex libris do Algarve” que irá estar patente nos claustros do Museu Municipal de Faro a partir de 11 de maio até 1 de junho.
Conhecido pelo olhar cirúrgico com que regista a realidade através da sua máquina fotográfica, J. Manuel Andrade Osores faz deste modo de vida mais do que uma paixão, uma maneira de encarar o mundo que o rodeia.
Por isso, lembrar nesta mostra fotográfica os que conhecem a volta da «Cidade Velha» e apresentar aos que não conhecem o ex-libris de Faro – a Vila Adentro, não é só mais um exercício de técnica ou de regras fotográficas, é lançar um “re-olhar” um relembrar da riqueza (património) da capital do Algarve.
Para J. Manuel Andrade Osores, lisboeta de nascimento, mas farense de coração que vive há mais de 50 anos na capital algarvia, a vida é como uma câmara fotográfica. É importante focar-se no que é belo, capturar os bons momentos e eternizar a beleza do que os olhos por vezes se esquecem.
No âmbito das Comemorações do Dia Internacional dos Museus, terá lugar o lançamento do livro «O Foral de Faro de 1504: Apresentação e edição», no próximo dia 18 de maio, pelas 19h00, no Museu Municipal de Faro.
Segundo informou a autarquia, a obra retrata uma transcrição atualizada do Foral Manuelino de Faro. Datado de 1504, o documento resulta da política reformista fiscal e administrativa levada a cabo pelo rei D. Manuel I. Faro, na altura vila, foi uma das contempladas com esse diploma, que não só pode ser considerado uma fonte de estudo essencial para a economia e a sociedade local no início do século XVI, mas também uma peça de arte de requinte e efeito decorativo pelas suas iluminuras, especialmente atraentes.
Fruto da parceria entre o Município de Faro e a Direção Geral do Património Cultural/Museu Nacional Machado Castro (Coimbra), cujo início foi a 7 de setembro de 2014 com a inauguração da exposição “O Foral de Faraão”, seguiram-se contactos no sentido deste importante documento da história da cidade regressar à capital algarvia. Dado como desaparecido durante um longo período, o Foral foi integrado, em 1915, nas coleções do museu conimbricense; 100 anos volvidos encontra-se, desde 2015, em depósito no Museu Municipal de Faro.
Para além desta parceria a edição conta, ainda, com o apoio da Diocese do Algarve e da Delta Cafés.
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