“Ainda não será uma prática ou um segmento com grande expressão na região, mas estamos dispostos a avaliar e aferir esse potencial”, disse à Lusa Duarte Padinha, que recentemente esteve reunido com elementos do Clube Naturista do Algarve e com a presidente da Federação Naturista Internacional, Sieglinde Ivo.
Definido pela federação internacional como uma “forma de viver em harmonia com a natureza caracterizada pela prática da nudez coletiva”, o naturismo pode ser encarado como uma maneira de atrair turistas, havendo, de acordo com Sieglinde Ivo, meio milhão de praticantes que procuram locais para férias anualmente.
Duarte Padinha acrescentou ser preciso alcançar um equilíbrio entre as diversas formas de estar, sendo necessário “conjugar a convivência com outros produtos”, ou seja, há “sensibilidades” que não devem ser “melindradas”. “Não vamos precipitar-nos em nenhuma atuação. É algo que tem que ser feito com alguma segurança.
O importante é avaliarmos os prós e os contras deste tipo de atividades e segmentos. Se para algumas pessoas é algo de muito natural, para outras poderá não ser”, afirmou o vice-presidente da entidade regional.
O Clube Naturista do Algarve insiste na necessidade de os naturistas deixarem de ser considerados “cidadãos de segunda” e apela à instalação de infraestruturas adequadas nas praias oficiais, elogiando a Câmara Municipal de Aljezur por ter criado um estacionamento junto à praia de Odeceixe Sul e suportar os custos relativos aos nadadores-salvadores.
Algarve Primeiro/Lusa
