Raquel Jacob foi eleita presidente da Associação Académica da Universidade do Algarve (AAUAlg) nas eleições que decorreram a 3 de dezembro de 2019, tendo tomado posse no passado dia 7 de janeiro, sucedendo a Pedro Ornelas na presidência da Associação.
Com 21 anos de idade, a nova presidente gere um orçamento de 1 milhão de euros por ano, 27 funcionários, dois eventos importantes como a Semana Académica e a Recepção ao Caloiro, dois centros de cópias e dois bares.
Ao Algarve Primeiro Raquel Jacob, diz-se muito preocupada com o preço elevado das propinas e a questão da habitação para estudantes na cidade de Faro.
A nova responsável referiu ao nosso jornal que a Associação está «fora de dívidas devido ao muito mérito dos anteriores presidentes». Raquel Jacob assumiu que a associação passou por alguns momentos difíceis em termos financeiros, mas de há um ano a esta parte, «encontra-se com a situação regularizada».
O objetivo para o futuro é alcançar uma sustentabilidade que permita «colaborar mais naquela que é a nossa prioridade central que é a representação dos alunos».
Raquel Jacob, pretende neste mandato, «continuar uma luta que já foi iniciada em anos anteriores e que, apesar de o País estar a evoluir em termos de propinas, essa continua a ser uma prioridade e um tema muito assente sobre a mesa».
Neste sentido, assume que, as propinas e a habitação estão na ordem do dia «porque é um grande peso para os jovens estudantes e para as suas famílias». Ao mesmo tempo, é missão da nova presidência, continuar a pugnar pela melhoria das condições das residências universitárias, ainda que, «não possamos fazer nada disso diretamente, mas faremos ouvir a nossa voz».
Outro dos objetivos passa por envolver parceiros externos, para que sejam atribuídas bolsas, pretendendo também dar mais visibilidade ao desporto da AAualg.
Na vertente de Ação Social continua nas prioridades da associação, a realização de campanhas solidárias junto de associações de acolhimento de pessoas carenciadas, mas também em termos de domicílio. «Há muito trabalho desenvolvido nas residências e que suportam muitas das dificuldades dos alunos mais carenciados». As bolsas de estudo estão também inseridas na Ação Social «e igualmente prestamos alguns serviços em termos de cuidados de saúde através da realização de rastreios, campanhas de doação de sangue, entre outras iniciativas».
Quanto ao mercado de arrendamento «é injusto» face à pouca oferta e aos preços praticados, contudo, Raquel Jacob recordou que o Reitor anunciou recentemente a construção de uma nova residência universitária, reconhecendo ser ainda «muito pouco» para as reais necessidades.
Neste contexto, o principal objetivo enquanto representante dos estudantes, passa por lutar pela construção de mais residências universitárias: «Nós não podemos obrigar os senhorios da região a baixar os preços das rendas para os estudantes e também não temos capacidade de construir uma residência de raiz, pelo que nos limitamos a cumprir as nossas capacidades e recorrer ao que podemos fazer como é o caso da captação de novos parceiros».
No que diz respeito ao orçamento para a Semana Académica, «este já está no horizonte», e garante tratar-se de um orçamento «muito à parte daquilo que é a gestão corrente da Associação». Quer isto dizer que, «paralelamente ao valor que temos para esse evento, procuramos sempre encontrar patrocinadores e parcerias que nos permitam a realização do evento com um menor peso para a nossa gestão».