Com capacidade para albergar 71 utentes, distribuídos por 12 quartos simples, 19 duplos e 7 triplos, o Lar Ribeira da Tôr permitirá o apoio domiciliário a 40 novos utentes, assegurando a permanência dos idosos na sua residência, com o devido apoio técnico e institucional.
Foi inaugurada na passada quinta-feira, com a presença do Secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Agostinho Branquinho, a Estrutura Residencial para Idosos “Lar Ribeira da Tôr”. Trata-se de mais um importante equipamento social no concelho, cuja conclusão encerra o ciclo de investimentos realizados no Município de Loulé em matéria de novas construções sociais, e que rondou os 4,5 milhões de euros de financiamento da autarquia.
Como explicou o presidente da Associação Social e Cultural da Tôr, entidade responsável pelo espaço, “este será um equipamento social de excelência para a prestação de apoio social, de cuidados de saúde e para o desenvolvimento de atividades adequadas à promoção da qualidade de vida dos idosos, preservando e fortalecendo os laços familiares”. “Aqui os idosos têm a oportunidade de residir num local privilegiado, junto da natureza. Daremos primazia ao trabalho de qualidade que desenvolvemos junto de cada um deles, tranquilizando os familiares e garantindo que aqui serão tão bem tratados como em suas casas”, garantiu Jorge Renda.
Por outro lado, este equipamento irá criar 35 novos postos de trabalho, numa freguesia marcada pela desertificação e envelhecimento da população.
Este investimento realizado no âmbito do POPH - Programa Operacional do Potencial Humano teve um investimento total, incluindo terrenos, projetos, construção e equipamento fixo que rondou os 2,3 milhões de euros, suportados pela Segurança Social e fundos comunitários (1.465 mil euros), Câmara de Loulé (606 mil euros), antiga Junta de Freguesia da Tôr (46 mil euros) e Associação Social e Cultural da Tôr (185 mil euros).
O Autarca de Loulé, Vítor Aleixo, sublinhou o papel das instituições de solidariedade social do Concelho que têm dado um importante contributo para a resolução dos problemas “ligados maioritariamente à atenuação da pobreza e exclusão social”. Esta disponibilidade destas entidades em colaborar está, de resto, presente no recente trabalho de campo realizado pela Universidade do Algarve, no âmbito do estudo “Loulé Incluso”.
A título de balanço realizado na área social, o autarca falou não só dos 4,5 milhões de euros investidos nos “numerosos equipamentos sociais construídos no território louletano, praticamente em todas as freguesias” mas também de ações como o programa “Loulé Solidário”, “Este programa tem constituído uma singularidade da nossa ação política que bem evidencia o quão problemáticas são as desigualdades sociais no nosso Concelho e o quanto precisamos de pôr em marcha uma política pública de solidariedade ativa, como de há muito não havia memória”, frisou Vítor Aleixo.
Apesar de considerar que neste momento a taxa de cobertura no Concelho “é bastante satisfatória”, o autarca mostrou-se preocupado quanto ao futuro já que a tendência é que o índice de envelhecimento suba de 1,33 para 1,95 em 2031.