O Algarve Primeiro falou com o autarca louletano no sentido de apurar qual a sua opinião acerca de um tema nacional que está na ordem do dia: o diferendo entre a Liga dos Bombeiros Portugueses e o Governo.
Para Vítor Aleixo, «a orientação que a Liga dos Bombeiros Portugueses deu pelo país fora de não articularem o seu trabalho com a estrutura da Proteção Civil, enquanto cidadão, considero uma total irresponsabilidade que, a ser aplicada, pode ter consequências muito negativas».
O autarca recordou que, «temos um modelo muito definido para garantir a proteção e segurança dos cidadãos, modelo esse que supõe a articulação dos meios pela parte da Proteção Civil».
Vítor Aleixo realçou que, «acredita na estrutura da Proteção Civil, é com essa estrutura que eu trabalho e é essa estrutura que defendo». O autarca discorda que os bombeiros tenham um comando próprio, já que o trabalho deve ir no sentido contrário. «Defendo a articulação do que temos ao nosso dispor e aqui, respondendo como autarca, tem havido um grande investimento nesse sentido que deve ser articulado e aproveitado».
No caso concreto dos Bombeiros do Algarve (que continuam a comunicar as ocorrências e a seguir as orientações do Comando Distrital), o autarca louletano referiu que, «os bombeiros algarvios continuam a trabalhar no mesmo sentido dada a fluidez da máquina já montada, e os bons exemplos que temos quando essa máquina é chamada a intervir no teatro de operações, pelo que, os nossos operacionais prosseguem na mesma linha que é aquela que eu também me posiciono».
Vítor Aleixo adiantou ao nosso jornal que, «nos últimos tempos tem havido um esforço enorme no sentido da assimilação de conhecimentos, de técnicas, de apetrechamento com mais meios para as forças quer dos bombeiros, quer da Proteção Civil, pelo que, estamos ainda na fase de sofisticação deste dispositivo com estes dois pilares: Proteção Civil e Bombeiros, pelo que existe muito potencial para poderem cumprir o seu trabalho ainda com mais eficácia».
O autarca lamenta este diferendo e teme que, possam advir daí prejuízos para a proteção e segurança dos cidadãos. «Quero acreditar que se encontre a solução para o problema que, no meu entender, passa pela articulação dos meios e pelo tirar ainda mais partido do que já temos. Esse investimento que tem sido feito tem de ser trabalhado e melhorado a todos os níveis para que a estrutura seja ainda mais robusta e eficaz, penso que é isso que se pretende numa altura como esta».