Muito já se sabe acerca do novo Coronavírus graças à imensa informação que tem vindo a ser partilhada entre os países e aos inúmeros estudos científicos que este “inimigo invisível", que nos obriga a estar em casa, nos tem proporcionado em todo o mundo.
De acordo com o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças, a Covid-19 tem duas estirpes do vírus a circular; uma mais grave que a outra, muito embora se pense que a diferença só terá ocorrido na China, país de onde o vírus é originário. Neste ponto, o vírus foi detetado num mercado através de um animal muito apreciado pelos chineses: o Pangolim.
Segundo a ciência, o vírus tem uma propagação muito rápida, mais até que o influenza e pode variar entre a quase ausência de sintomas ao prognóstico mais grave em cerca de 5% dos casos. Quer isto dizer que, em cerca de 80% dos infetados com Covid 19, os sintomas são ligeiros, que em 15% são moderados e em 5% são graves e exigem cuidados intensivos.
A comunidade científica está a acompanhar o comportamento e evolução do novo coronavírus, o SARS-CoV-2, responsável pela doença Covid-19. Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), os estudos mais recentes não revelam amostras positivas do vírus no ar, mas “uma amostra de uma saída de exaustão” já obteve resultados positivos, o que leva os autores a afirmar que “as partículas virais podem ser deslocadas pelo ar e depositadas em superfícies”.
No que toca a superfícies, os estudos indicam que o vírus pode sobreviver “até 4 horas em cobre, até 24 horas em papelão e até 2-3 dias em plástico e aço inoxidável, embora com títulos significativamente reduzidos”.
Segundo os mesmos estudos, o SARS-CoV-2 foi ainda detetado em impressoras, teclados de computador e maçanetas. Mas onde o vírus já demonstrou ter mais expressão foi em luvas (15,4% das amostras).
Ainda assim, a importância relativa destas vias de transmissão em comparação à exposição direta a gotículas respiratórias “não está ainda clara”, refere o ECDC.
Importa ainda sublinhar que, os especialistas identificaram a presença do vírus em “amostras do trato respiratório um a dois dias antes do início dos sintomas”. E ali “pode persistir até 8 dias, em casos moderados, e até duas semanas, em casos graves”.
À semelhança da gripe, o novo coronavírus “atinge o pico aproximadamente no momento do início dos sintomas”, o que sugere que “pode ser facilmente transmissível no estágio inicial da infeção”.
No que se refere ao período de incubação, os cientistas consideram ser “prudente considerar o período de incubação de, pelo menos, 14 dias”.
Ainda segundo a ciência, “as estimativas atuais sugerem um período médio de incubação de cinco a seis dias para a Covid-19, com um intervalo de um a 14 dias”.
Uma dúvida recorrente de muitas pessoas assenta no facto de querer saber se é possível possuir a doença sem sintomas e, neste ponto, a ciência clarifica que, a infeção assintomática “foi relatada em vários contextos”, o que corresponde a uma resposta afirmativa, no entanto, a grande parte destes casos “desenvolveu alguns sintomas” numa fase mais avançada da infeção, mas “existem também relatos de casos que permanecem assintomáticos durante toda a duração da doença”.
Ainda neste ponto, importa sublinhar que, é possível transmitir o vírus mesmo se não tiver sintomas, daí o reforço das medidas de confinamento e distanciamento social, uma vez que, pessoas assintomáticas podem contagiar os outros.
No entanto, a ciência realça que, existem “incertezas importantes” no que toca “à influência da transmissão pré-sintomática na dinâmica geral da transmissão da pandemia”.
A ciência anota ainda que, “a proporção de transmissão pré-sintomática foi estimada entre 48% e 62%” e “foi considerada provável com base num intervalo serial mais curto (4,0 a 4,6 dias) do que o período médio de incubação (cinco dias)”.
Segundo os autores dos estudos, “muitas transmissões secundárias já teriam ocorrido no momento em que casos sintomáticos são detetados e isolados”.
Relativamente à imunidade após ter estado doente, ainda é cedo para responder a esta pergunta, mas existem altas probabilidades de a resposta ser afirmativa.
Nunca é demais recuperar as orientações das autoridades de saúde no que se refere ao Coronavírus e, nesse ponto, “use e abuse da lavagem das mãos”, limpe corretamente os teclados, maçanetas da casa e não se esqueça do distanciamento social. É muito importante manter-se afastado das outras pessoas sabendo que facilmente pode existir um foco de contágio.
Opte por contactos à distância, sobretudo nas alturas em que as autoridades de saúde o recomendam. Cumpra a etiqueta respiratória de tossir e de espirrar para o cotovelo. Os lenços que usar para se assoar, devem imediatamente ser colocados num balde de lixo tapado, tal como as máscaras e as luvas e qualquer outro utensílio que use para o efeito e, de seguida, voltar a lavar as mãos sem tocar na boca, olhos e nariz. Deixe os sapatos à porta de casa de um dia para o outro e calce chinelos para estar no seu lar. Lave sempre as mãos quando tocar em objetos ou nas compras do supermercado, pois estes pequenos gestos podem fazer toda a diferença na prevenção e proteção da sua família.