Sociedade

O violentómetro já chegou a Portugal

Para quem desconhece o nome, trata-se de um aparelho capaz de medir a agressividade nas relações.

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O método vai ser aplicado em Portugal pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro que está a disponibilizá-lo aos seus estudantes.
 
O uso do violentómetro tem-se mostrado eficaz em vários países europeus e na América Latina.
 
O violentómetro tem a forma de uma régua e mede os níveis de agressividade entre os casais. A sua chegada a Portugal tem um caráter preventivo, na medida em que prevê acautelar eventuais cenários de violência no namoro e no casamento.
 
O violentómetro foi inventado no México, espalhou-se pela América Latina e já chegou a Espanha e outros países europeus. Agora, chega pela primeira vez a Portugal, através da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), onde a partir de hoje, vai ser distribuído a mais de mil estudantes.
 
Segundo a TSF, o "violentómetro" descreve 30 comportamentos uns pouco e outros mais violentos que surgem muitas vezes no namoro ou no casamento. Começa nos menos graves (piadas agressivas, chantagens ou mentiras) e acaba na violação, agressões graves ou tentativa de homicídio.
 
Ricardo Barroso, psicólogo e professor na UTAD, citado pela mesma fonte, explica que o principal objetivo é sensibilizar quem recebe o violentómetro de que é preciso reagir a estes comportamentos, pois a tendência habitual é para que aumentem de gravidade ao longo do tempo.
 
No caso da UTAD, se os estudantes que receberem esta espécie de régua identificarem no seu dia-a-dia um dos comportamentos descritos devem seguir um de três caminhos: ter cuidado; reagir e recusar; ou pedir ajuda a um profissional (de saúde ou policial).
 
O medidor da agressividade nos relações surge no dia que começa mais uma campanha de prevenção da violência no namoro e no casamento e, na mesma altura em que se sabe que, são cada vez mais as jovens portuguesas que pedem ajuda em virtude de relacionamentos violentos.
 
Esta é mais uma medida preventiva que visa reduzir a violência doméstica, enquanto que desperta os parceiros para uma realidade que tem de ser combatida e que depende de cada membro do casal reagir e mudar de rumo em caso de existência de qualquer forma de violência.
 
Algarve Primeiro