Sociedade

Ópera de Donizetti fecha programação de novembro no TEMPO

A programação de novembro do TEMPO – Teatro Municipal de Portimão encerra com a ópera em um acto “Rita, ou le mari battu”, de Gaetano Donizetti, protagonizada pelo Ensemble Contemporaneus, no dia 29, às 21h30.

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No  ano  de  1841,  Donizetti  encontrava-se  em  Paris  a aguardar  a chegada do libreto para a nova ópera que  o Scala  de  Milão  lhe havia  comissionado e, sendo  um compositor bastante  ativo,  estes  períodos de  pausa no trabalho  tornavam-se  penosos,  pelo  que, num  encontro com  o  escritor  Gustave  Vaez,  que  já  havia  escrito  dois librettos  para  óperas  suas,  pediu-lhe  para  escrever  um libreto  pequeno  para  uma  ópera  de  curta  duração, somente  para que  ele  pudesse  estar ocupado  enquanto aguardava a chegada do material do Scala. 
 
Vaez aceitou o desafio e, em poucos dias, escreveu o enredo de “Rita, ou le mari battu”, uma ópera cómica em um acto. 
 
Donizetti completou a ópera em oito dias, contudo quer por rejeição de teatros, quer por uma série de infortúnios, nunca conseguiu ver este trabalho estreado em vida. 
 
A partitura foi encontrada entre o seu espólio após a sua morte em 1848.
 
Rita é  uma comédia  amorosa  que,  retratando  um  assunto atual da sociedade, a violência doméstica, mostra no  final  como  o  amor  e  o  respeito  mútuo  por  cada membro do casal são a solução para colocar fim a este flagelo.
 
A Contemporaneus
 
Fundado  em  2003  e  gerido  artística  e  administrativamente,  desde  2005,  pela  Contemporaneus, associação  para  a  promoção da  arte  contemporânea,  o  Ensemble  Contemporaneus  conta actualmente com um efectivo de 16 músicos e apresenta-se regularmente em várias cidades do país sob a direcção de maestros como Rui Ribeiro, Vera Baptista, Paulo Lourenço, Roberto Perez, Pedro Amaral, Christopher Bochmann e João Paulo Santos. 
 
Os principais objectivos do Ensemble Contemporaneus são divulgar o repertório escrito nos séculos XX e XXI e ajudar a dinamizar e a estimular a criação musical, através de encomendas e de estreias regulares  de  obras  de  compositores  portugueses  e estrangeiros. 
 
Apresentando-se  sobretudo em recitais  e  em concertos  interpretando obras  de  compositores  tão diversos  como  Arnold Schoenberg,  Anton  Webern,  Edgar  Varèse,  Igor  Stravinsky,  Karlheinz Stockhausen, Christopher Bochmann, Eurico Carrapatoso, David Heuser ou  Lindenberg Cardoso,  o Ensemble Contemporaneus iniciou-se na produção de espectáculos de ópera, com as obras “Cosi fan tutte”, de W. A. Mozart (temporada 2011|2012), “La princesse jaune”, de Camille Saint-Saëns e “The wandering scholar”, de Gustav Holst (temporada 2012|2013).