O PCP diz que as populações do Algarve "têm suficiente experiência para perceber que, em matéria de investimentos na região algarvia prometidos por sucessivos governos, é preciso ver para crer".
Como prova disso, o partido refere em comunicado, os vários anúncios de construção do novo Hospital Central do Algarve que, pelo menos desde 2002, atravessaram sem exceção os Governos do PS e do PSD/CDS, sem que as ditas intenções se concretizassem: «Ao todo, foram até ao momento 20 anos de promessas de PS, PSD e CDS, com zero concretização».
Durante a discussão e votação na especialidade das propostas para o Orçamento do Estado para 2022, foram apresentadas várias iniciativas para que se avançasse com a construção do novo Hospital Central na região. Dessas propostas, está a do PCP, para um Plano Plurianual de Investimentos no Serviço Nacional de Saúde, envolvendo equipamentos e infraestruturas do SNS, onde se inclui a construção do Hospital Central do Algarve, «proposta que não foi acompanhada nem pelo PS, nem pelo PSD», tendo sido aprovada por unanimidade a proposta do PS com o compromisso de construção de um novo hospital. Os comunistas dizem que tudo farão, para que a proposta «não se transforme em mais uma promessa vã, nem numa oportunidade de negócio para uns poucos que já sonham com uma nova Parceria Público Privada como aquela que se fez para a Via do Infante».
O PCP relembra ainda que em matéria de saúde no Algarve, tão importante como a construção do novo Hospital Central, é o reforço dos cuidados primários de saúde, a garantia de que todos os algarvios têm direito a médico e enfermeiro de família, a capacidade do SNS de atrair e fixar profissionais, para garantir consultas, exames e cirurgias à população. Nesta matéria, o partido lamenta que no Algarve, o Serviço Nacional de Saúde esteja confrontado com crescentes dificuldades, «ao passo que o negócio da doença de que os grupos privados de saúde se alimentam, continua a florescer à custa dos recursos públicos que para aí são desviados», critica.
No mesmo comunicado, é ainda defendido o reforço do Serviço Nacional de Saúde, com o seu carácter universal e tendencialmente gratuito, «como a única forma de assegurar sem discriminações o direito à saúde do povo português».