A coreógrafa Olga Roriz, traz a Loulé a peça “Seis Meses Depois”, um espetáculo que estreou em setembro em Lisboa, no Teatro Nacional D. Maria II, e que agora chega ao palco do Cineteatro Louletano, este sábado, pelas 21h30.
O espetáculo estará sujeito ao uso obrigatório de máscara, de acordo com as regras de higiene e segurança da DGS e excecionalmente, de acordo com resolução do Conselho de Ministros, será permitido circular para quem já tenha adquirido bilhete e se desloque a partir dos concelhos limítrofes ao município de Loulé.
“Seis meses depois começou por envolver uma semana de escrita, das personagens, das relações entre elas, dos contextos que as envolvem. E ao fazê-lo, em conjunto, pensei que é quase como se escreve um guião de cinema”, explica Olga Roriz, que com este espetáculo assinala os 25 anos da Companhia Olga Roriz.
Conforme adianta nota do município, a peça desenrola-se no futuro, no ano 2307, no Planeta Terra 3. «E é como se fizéssemos fast-forward, se saltássemos para a frente sem que existisse memória de quem somos, do que já fomos ou já fizemos. As personagens têm de redescobrir tudo: o seu próprio corpo, o corpo dos outros, o som, a luz».
“O que sentiria alguém, um ser humano, ao ouvir Vivaldi ou música barroca pela primeira vez?” – questiona Olga, lançando uma das interrogações que serviu de base ao argumento da peça.
Para além do espetáculo no Cineteatro Louletano, Olga Roriz também apresentou em Loulé, no Auditório do Solar da Música Nova, o seu livro mais recente, “25 Anos: Companhia Olga Roriz”, uma obra com fotografias de todos os espetáculos coreografados e levados à cena pela companhia.
Nessa mesma noite, foi também exibido o documentário de Henrique Pina “Autópsia – percurso de uma criação”, que acompanha ao longo de quatro meses o processo de construção e desconstrução de Olga com os bailarinos, até chegar à forma final do espetáculo.