Desporto

Olhanense perde em casa com a Académica e desce para o antepenúltimo lugar

O Olhanense foi ontem derrotado pela Académica, por 0-1, com golo de Magique, somando mais uma derrota “caseira” no Estádio Algarve, no jogo que encerrou a 10.ª jornada da Liga Zon Sagres de futebol.

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Numa partida muito fraca, a equipa de Sérgio Conceição foi a menos má em campo e acabou por festejar mais um triunfo longe de Coimbra, depois da vitória em Braga, na oitava ronda, graças a um golo do avançado marfinense, aos 18 minutos. 
 
A Académica "saltou" para o 11.º lugar, com 11 pontos, enquanto o Olhanense desceu ao 14.º e antepenúltimo posto, com nove pontos. 
 
Durante a primeira parte, o jogo não teve muitos momentos de interesse, à exceção do golo da Académica, na única jogada com princípio, meio e fim construída nesse período, acabando por justificar a situação de vantagem no final dos primeiros 45 minutos. 
 
Uma ameaça de Femi, aos seis minutos, com um corte decisivo de Marcelo a tirar o remate ao extremo "algarvio", e um "tiro" de Cleyton defendido por Belec, aos nove minutos, foram dois lances perigosos, ainda nos minutos iniciais. 
 
O frio que se fez sentir no Estádio Algarve pareceu "congelar" as ideias das duas equipas, que protagonizaram um jogo pobre, com os algarvios a manifestarem um défice enorme na construção de jogo, enquanto os "estudantes" se mostravam mais tranquilos. 
 
A Académica esteve uns "furos" acima dos algarvios e chegou ao golo aos 18 minutos: após boa combinação com Cleyton, Ivanildo isolou Magique com um passe que foi "meio golo" e o marfinense concluiu com sucesso na "cara" de Belec. 
 
Paulo Alves apostou em Dionisi logo no reatamento e, mais tarde, colocou Bigazzi em jogo, mas as duas mexidas pouco trouxeram a um Olhanense muito "apagado", que raramente criou perigo para a baliza de Ricardo. 
 
A Académica, que somou dois remates para fora no arranque da segunda metade, por Makelele (47) e Marcelo (61), só "tremeu" quando, no último lance do encontro (90+4), o guardião Ricardo "salvou" o triunfo, ao defender um remate com "selo" de golo de Dionisi. 
 
O treinador do Olhanense reconheceu que a sua equipa não esteve à altura do desafio: “Demorámos bastante tempo a entrar no jogo. Acusámos muito a ansiedade e a responsabilidade deste jogo. Os jogadores percebiam que era um jogo importante e as coisas não saíram como era nosso desejo.” 
 
“Como reflexo natural, os jogadores foram percebendo que já não havia nada a perder e na parte final conseguimos soltar-nos e criar pelo menos uma ocasião claríssima, no último minuto, que o Ricardo defendeu. Acordámos um pouco tarde, devido a essa ansiedade, e não conseguimos pegar no jogo”, acrescentou Paulo Alves. 
 
O técnico garantiu que a derrota “não pode abalar o estado de espírito do plantel, porque há muito campeonato pela frente”. 
 
“Não é agradável perder em casa, não o queríamos de todo, sobretudo com um adversário que ocupava a mesma zona classificativa, mas há muito trabalho pela frente. Temos de continuar o nosso trabalho e continuar a progredir. Se a equipa se soltar em termos mentais, se jogar aquilo que sabe e pode, com mais confiança, as coisas sairão melhor. É um jogo, não perdemos mais do que três pontos. Não queríamos que acontecesse mas é tão somente isso”, concluiu. 
 
O treinador da Académica, Sérgio Conceição, considerou a vitória justa: “Abordámos o jogo da melhor maneira, conseguimos fazer o golo e tivemos entretanto outras situações para 'matar' o jogo. Acabámos por, na parte final, quase colocar o resultado em causa. Isso acabou por não acontecer e, pelo que se passou nos 90 minutos, seria injustíssimo termos empatado jo jogo. A vitória foi merecidíssima.”