Desporto

Olhanense traz um ponto da Madeira

O Olhanense e o Nacional empataram este domingo a zero, em jogo relativo à 9.ª jornada da Liga Zon Sagres de futebol, que marcou a estreia de Paulo Alves na competição como treinador dos algarvios, que jogaram praticamente uma hora com mais um elemento.

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O «nulo» encaixou melhor ao Olhanense que luta pela permanência e denunciou uma fase menos boa da equipa madeirense, que já não ganha há dois jogos no campeonato, para além de ter sido eliminada da Taça de Portugal pelo modesto Santa Maria. 
 
Os «alvinegros» foram quem mais procurou vencer, mas o facto de terem jogado 61 minutos com apenas dez jogadores, devido à expulsão de Aly Ghazal, também influenciou o jogo e as intenções dos madeirenses. 
 
Num jogo sem muita história, dado que as equipas não conseguiram marcar, foi o Olhanense quem esteve mais próximo da baliza adversária durante a primeira parte. 
 
Pelé (3 minutos), Vojtus (14), Dionisi (23) e Celestino (33) criaram os lances mais perigosos dos algarvios, enquanto o Nacional respondeu de forma ténue, com Djaniny a desfrutar de uma grande oportunidade (20), a que Belec respondeu da melhor forma. 
 
A expulsão de Aly Ghazal, logo aos 29 minutos, alterou a estratégia dos madeirenses, uma vez que o episódio obrigou o técnico Manuel Machado a uma imprevista alteração tática. 
 
Com isso, o jogo ficou pouco definido, com o Nacional a procurar assumir o controlo, mas com o Olhanense a dificultar a circulação da bola. 
 
Na segunda parte, os insulares assumiram o jogo e andaram sempre mais próximos da baliza adversária, mas Candeias (63 minutos) e Rafa (74) viram Belec negar-lhes o golo. 
 
No último quarto de hora, o Olhanense mostrou-se acomodado à ideia de conquistar um ponto e arriscou pouco, enquanto o Nacional se revelava impotente para ultrapassar a muralha defensiva construída pelos algarvios. 
 
A equipa de Olhão, que ainda não venceu fora de casa na presente época, somou o terceiro empate como forasteira, encontrando-se agora na 12.ª posição, com nove pontos. 
 
O treinador da formação algarvia ficou agradado com o empate: "Foi uma boa estreia, uma vez que estamos numa fase de assimilação de processos, novos métodos e novas realidades e, por isso, quero destacar o empenho e a atitude dos jogadores.” 
 
Para Paulo Alves, o Olhanense devia ter saído para o intervalo em vantagem: “Ao intervalo, acho que era justo que o Olhanense, pelas oportunidades que teve e pela qualidade de jogo, pudesse estar na frente.” 
 
“Depois, a qualidade do Nacional, com o seu treinador muito experiente nestas situações, também não arriscou muito e não cedeu os espaços para irmos à procura da vitória”, acrescentou o técnico. 
 
“Os pontos são importantes e por isso tivemos que ter algumas cautelas. Pior que empatar seria perder e não queríamos correr esse risco”, sublinhou Paulo Alves. 
 
Para Manuel Machado, treinador do Nacional, face ao que aconteceu no encontro, somar um ponto “é positivo”, disse, acrescentando: “Não sendo o resultado que queríamos desta jornada, ela acaba por ser positiva.” 
 
“A primeira parte foi de equilíbrio, com o jogo repartido e situações nas duas metades do campo. Já no segundo tempo, e mesmo jogando com menos um homem, o Nacional optou por uma estratégia que funcionou muito bem. Se contabilizarmos aí as intervenções dos guarda-redes, veremos que o Gottardi fez zero e o guarda-redes do Olhanense tirou três ou quatro bolas de golo. Não conseguimos ultrapassar esse último obstáculo e por isso acabamos por empatar, que é o que tem que se aceitar”, comentou.
 
Algarve Primeiro:Lusa