O Município de Olhão diz em nota de imprensa, que assinalou a passagem do meio século sobre a Revolução dos Cravos com a tradicional cerimónia dos hastear das bandeiras e uma sessão solene, que decorreu no Auditório Municipal, e para a qual foram convidados a intervir, todos os partidos políticos com assento na Assembleia Municipal.
Apenas o Chega faltou à cerimónia, facto que o presidente da autarquia assinalou como “grave e suficiente para os olhanenses retirarem as respetivas ilações”.
Sublinhando que “não podemos fechar os olhos aos desafios que a democracia enfrenta atualmente”, António Miguel Pina considera, no entanto, que “se cumpriram todos os objetivos da revolução”: descolonizar, desenvolver e democratizar.
O autarca prosseguiu apontando o caminho a seguir na construção da democracia: “é vital que nos mantenhamos vigilantes, promovendo um diálogo construtivo e fortalecendo os laços de empatia e compreensão na nossa sociedade”.
Na região do Algarve, considera António Miguel Pina, “Olhão sobressai como um bastião histórico de resistência e luta pela liberdade. O seu papel durante os anos sombrios da ditadura destaca-se como um exemplo de coragem e de determinação na busca pela justiça e pelos direitos humanos”.
Também o presidente da Assembleia Municipal aludiu à ausência co Chega, que consideriu uma manifestação antidemocrática.
Quanto aos principais desafios que se apresentam à democracia atualmente, António Cabrita não hesitou em apontar a necessidade de uma reforma no sistema de justiça.
Até final do mês, Olhão continua a celebrar Abril com um conjunto de
iniciativas, que decorrem no Auditório Municipal.