O cão que foi abandonado ontem num "molok" em Olhão, «estava muito maltratado», confirmou ao Algarve Primeiro, Pedro Rego - veterinário municipal.
O animal resgatado por dois operacionais dos Bombeiros Municipais de Olhão, foi levado para o Canil Municipal, onde se encontra a recuperar.
Pedro Rego confirmou ao nosso jornal que ao longo da sua carreira, não se recorda de ter visto um caso assim, «abandonar um cão num molok vivo, com o pelo de tal forma grande que parecia uma manta, um dos olhos nem se via, e estava todo parasitado, é realmente grave».
Chegado ao Canil Municipal, além de lhe cortarem o pelo, tomou banho, recebeu medicação para as carraças, já comeu e bebeu e foi desparasitado internamente.
Esta manhã, o veterinário municipal confirmou que o animal passeou um pouco «visto ter alguma dificuldade em andar, porque ainda está debilitado, mas a sua evolução é positiva, interage e parece-me tranquilo».
Pedro Rego avançou que o cão de porte médio de raça indefinida cruzado com caniche, terá cerca de 7 anos.
Questionado sobre a possibilidade de alguém poder adotar o animal, o responsável disse que sim, referindo que os bombeiros de Olhão já demonstraram essa intenção.
Para já não há qualquer pista sobre o autor do crime, «posso dizer que é grave, alguém que manda um animal vivo para dentro do caixote do lixo, não faz sentido nenhum», criticou.
