Os jovens que pertencem ao grupo do Instagram ‘8700’ (Código Postal de Olhão), que foi identificado pela PSP, na sequência das agressões que foram filmadas a um imigrante nepalês e publicadas na redes sociais no início do ano, onde foram identificados 11 menores, oito rapazes e três raparigas, têm de regressar a casa logo que as aulas terminem e só podem sair para compromissos familiares ou qualquer outro que os pais indiquem, além de que devem frequentar as aulas sem faltas injustificadas, diz o Correio da Manhã.
Três dos jovens, com 16 anos, os mais violentos, ficaram em prisão preventiva. Os restantes, como têm menos de 15 anos, foram apenas identificados e alvo de um inquérito tutelar educativo, apesar de terem praticado crimes puníveis com penas até 15 anos de prisão.
O CM adianta que depois de levados a tribunal, quatro ficaram sujeitos a medidas cautelares, um dos quais ficou à guarda de um centro educativo, em regime semiaberto. Os restantes foram enviados para casa e obrigados a determinados deveres, decisão que não agradou ao Ministério Público (MP) por considerar que os ilícitos praticados “demonstram total desrespeito pela integridade física e psicológica dos outros”.
O MP recorreu para o Tribunal da Relação de Évora a pedir que fosse aplicada a medida cautelar de guarda em centro educativo a mais dois jovens. Porém, numa decisão de 9 de maio, os juízes desembargadores mantiveram a decisão do Tribunal de Família e Menores.
Os jovens são suspeitos de, pelo menos, cinco roubos e três agressões. São estudantes e pertencem a famílias mais ou menos estruturadas. Às autoridades disseram que aderiram ao grupo pela necessidade de aceitação.