Este ano, o programa das comemorações do Dia de Olhão apresenta a recriação histórica da revolta dos olhanenses contra as tropas francesas, intitulada “O dia em que Olhão fez frente a Napoleão”.
Trata-se de uma dramatização que começa no dia 12 de junho, em Moncarapacho, e passa por Pechão, Fuseta e Quelfes. O percurso termina ao fim da tarde na cidade, quando os olhanenses são incitados à revolta, conforme assinala nota da autarquia enviada à imprensa.
No dia 13 de junho, a Ponte de Quelfes é um dos cenários para a continuação desta recriação, seguindo-se cenas na Fonte Velha, em Pechão, e junto ao caíque Bom Sucesso, na Frente Ribeirinha de Olhão.
O Município deixa o convite aos olhanenses, que se queiram juntar à iniciativa como atores/figurantes, que deverão comparecer no dia 11 de junho, pelas 19h00, na Sociedade Recreativa Progresso Olhanense.
Segundo refere a mesma nota aquando da ocupação francesa do Algarve, em 1808, surgiu em Olhão, a 16 de junho, um levantamento popular contra os abusos dos invasores. Esta revolta culminou com a expulsão dos franceses do lugar de Olhão e, por impulso, de todo o Algarve.
No mês seguinte, embarcam para o Brasil 17 homens de Olhão no caíque Bom Sucesso, com a missão de levar à Corte da Colónia a novidade da expulsão. A tripulação levara uma missiva extraoficial, na qual estava descrita a audaciosa atitude que os olhanenses tomaram nessa revolta.
A recompensa traduziu-se num Alvará com força de Lei, com que o Príncipe-Regente resolveu distinguir Olhão e os seus habitantes, passando de Lugar a Vila, e ordenando que “se denomine Vila de Olhão da Restauração”.
