Teve lugar na passada sexta-feira em Olhão, a comemoração dos 85 anos da Associação de Basquetebol do Algarve.
O evento teve lugar no Hotel Real Marina e reuniu dirigentes, árbitros, atletas e o executivo camarário numa cerimónia de homenagem aos nomes que dão, e têm dado forma à modalidade no Algarve.
António Pina, presidente da Câmara Municipal de Olhão fez questão de enaltecer o trabalho da associação, o contributo do basquetebol na vida dos dirigentes, atletas e de toda uma organização que, “muito tem permitido despertar os jovens para a prática da modalidade, enquanto que desenvolve valores essenciais de cidadania, já que esta dinâmica de grupo aproxima os jovens, permite fazer amizades e construir um estilo de vida alternativo.”
Recordando os seus tempos de atleta e reforçando a importância que esse percurso de desportista também tem na vida dos seus dois filhos, o edil olhanense adiantou que “tem muito a agradecer a essa instituição, aos seus dirigentes e a todos quantos tornam a modalidade possível.”
Sem esquecer a pressão que os árbitros vivem e a necessidade de melhorar “pilares essenciais que assegurem a prática da modalidade com melhores condições”, António Pina mostrou-se “orgulhoso e satisfeito com o percurso de 85 anos desta associação, pelo facto da mesma se manter localizada em Olhão e com a importância deste momento de homenagem aos atletas e a todos os intervenientes.”
O presidente da Associação de Basquetebol do Algarve, Eduardo Cruz, sublinhou que “o principal problema com que se debate a associação é a sua geografia, desde logo esta tem sido a maior dificuldade com que nos confrontamos ao longo dos anos, porque exige um esforço acrescido de todos. Os clubes têm feito um esforço enorme para manter viva a actividade do ponto de vista da formação e manter quadros competitivos, enfrentando no entanto, dificuldades já que há falta de gente na arbitragem e alguns quadros técnicos para assegurar essa mesma formação.”
Ao Algarve Primeiro, o dirigente adiantou que, “fizemos um estudo sobre esses custos e percebemos que os clubes do Algarve realizam cerca de 130 mil quilómetros por época nas provas regionais e nacionais. Depois temos o problema que já referi, relativamente aos quadros técnicos para dar formação e à arbitragem, uma vez que precisamos de mais gente para compensar as saídas e para manter activa a modalidade.”
O presidente da associação realçou a importância das famílias que, para além de acompanharem os jovens, “são um poderoso alicerce para que toda esta dinâmica desportiva e associativa se mantenha, “ sem esquecer o trabalho dos clubes que, só para se ter uma ideia, não há dívidas em qualquer um dos clubes de basquetebol na nossa região.”
Estes resultados conseguem-se com muito esforço, com o envolvimento de todos e muito trabalho e “devo sublinhar o papel das autarquias, onde a de Olhão da qual também sou vereador, se destaca nesse aspecto. A associação e a prática da modalidade tem conseguido concretizar os seus objetivos graças a esse esforço conjunto e, estando nós sediados em Olhão, não poderia deixar de realçar o papel da autarquia no que toca a apoios e empenho em dar continuidade ao desporto e, neste caso concreto, ao basquetebol na cidade e na região.”
Sublinhando que a Associação vive muito também com “o talento e a criatividade que lhe permite fazer face aos obstáculos” e que, “os atletas e as suas famílias são o principal alicerce de toda esta dinâmica, Eduardo Cruz frisou que, “hoje somos a quarta associação a nível nacional, somos a segunda associação também na região do Algarve com um maior número de atletas inscritos federados e realizamos um calendário com cerca de 700 jogos por época. No fundo, estamos a falar de 1500 pessoas envolvidas.”
Eduardo Cruz adiantou ainda que está ligado ao basquetebol há cinquenta anos e foi com muito “orgulho” que participou nesta cerimónia que contou com a presença de Luís Veiga, vice-presidente da Federação Portuguesa de Basquetebol.
No evento foram galardoados atletas desde as camadas mais jovens até aos veteranos, árbitros e dirigentes.
A cerimónia contou ainda com a distinção de alguns pais de atletas que, de alguma forma, marcaram a diferença com o seu fair-play, desportivismo e cidadania.
