Política

Orçamento: PCP diz que PSD, Chega e IL "juntaram-se ao PS para travar propostas que o Algarve precisa"

Foto|D.R (PCP - Facebook)
Foto|D.R (PCP - Facebook)  
No âmbito do debate em torno da proposta do Orçamento do Estado para 2023, o PCP conclui que, "PSD, Chega e IL juntam-se ao PS para travar as propostas que o Algarve precisa".

Em comunicado, os comunistas dão alguns exemplos como a rejeição da proposta de um Plano Plurianual de Investimentos no SNS, onde se incluía a construção do novo Hospital Central do Algarve sem recurso a uma nova parceria público privada e que teve os votos contra do PS e do Chega e a abstenção da IL; a requalificação da EN 124 entre Silves e Porto de Lagos rejeitada pelo PS com a abstenção do PSD e da IL; a requalificação da EN 125 entre Olhão e Vila Real de Santo António que teve o voto contra do PS e a abstenção do PSD; a reconstituição de um operador público rodoviário nacional, "capaz de garantir no futuro uma outra qualidade e quantidade na oferta de transporte público que os grupos privados não garantem" e que foi chumbada por PS, PSD, Chega e IL; ou a eliminação de portagens na Via do Infante, associada ao resgate da concessão desta infraestrutura e que contou com os votos contra do PS, PSD e IL e a abstenção do Chega.
 
Do resultado final da votação destas propostas, o PCP sublinha que a proposta de Orçamento do Estado aprovada pela maioria PS, "não responde aos problemas do País, com o governo a continuar a adiar os investimentos que o Algarve precisa, ao mesmo tempo que mantém e aprofunda a transferência de recursos públicos para os grupos económicos, seja por novos benefícios e borlas fiscais, por novas parcerias público privadas, pela contratação de serviços aos grupos privados de saúde que deveriam ser assegurados no SNS, pela recusa do aumento dos salários e das pensões ou da regulação dos preços".
 
Critica o Governo, "por se colocar ao lado dos grupos económicos e contra os interesses dos trabalhadores e das populações do Algarve", referindo que de forma diferenciada PSD, Chega e IL, impediram propostas que respondiam às necessidades da região. "Um posicionamento ditado sempre que os interesses dos grupos económicos são postos em causa e disfarçado por uma enorme demagogia, como aquela que exibe o PSD quando publicamente vem contestar as portagens na Via do Infante que criou e se recusa abolir".