A Câmara Municipal de Loulé, entidade que organiza o Festival MED, promoveu esta terça-feira uma ação de comunicação para anunciar mais 18 nomes, em representação de 12 países, que irão integrar o cartaz musical da 19ª edição. Até agora, são 35 os artistas conhecidos que, de 29 de junho a 2 de julho, irão atuar na Zona Histórica de Loulé.
Kabaka Pyramid (Jamaica), UDJAT convidam Pedro Jóia (Portugal), Balkan Taksim (Roménia), Nancy Vieira (Guiné-Bissau), Moonshiners convidam Samuel Úria (Portugal), Nicola Conte & The Spiritual Galaxy feat. Zara McFarlane (Itália/Reino Unido), Monda (Portugal), Poil Ueda (Japão/França), La Sra. Tomasa (Espanha), Zeca Medeiros (Portugal), Jean Christian et le Quator des Rêve Enfouis (Canadá/Portugal), Tomoro (Japão), Caamaño&Ameixeiras (Espanha), Carpideira (Portugal), Svetlana Bakushina Quarteto Fusão (Rússia/Portugal), Miguel Calhaz (Portugal), Marco Martins´Low Profile (Portugal) e Venga Venga DJ Set + Live Act (Brasil) são os artistas que se juntam aos nomes divulgados no passado mês de março, na Bolsa de Turismo de Lisboa.
Dos nomes anunciados, um dos destaques vai para o reggae: da terra natal deste estilo musical, a Jamaica, os Kabaka Pyramid, vencedores de um Grammy em 2022 pelo Melhor Álbum Reggae, perfilam-se como um dos nomes mais sonantes que irá alinhar no MED. Serão mais um dos artistas de reggae confirmados depois de, na primeira lista divulgada, ter sido anunciado outro jamaicano, Horace Andy.
A lusofonia volta a estar em foco, com a presença do guineense Nancy Vieira. A artista deveria ter atuado em 2022 mas, na altura, estava infetada com a Covid-19, o que levou ao cancelamento do concerto, explica a Câmara de Loulé em comunicado.
Outro destaque vai também para novas parcerias e concertos que, não sendo únicos, apenas tiveram lugar em situações pontuais, como é o caso de UDJAT que se junta ao guitarrista Pedro Jóia, ou os Moonshiners, que vão fazer um concerto especial ao lado de Samuel Úria.
Do Japão, estarão no palco MED, os Tomoro, e também a estreia nacional de Poil Ueda. A autarquia realça que este último, será "um espetáculo surpreendente já que se trata de um encontro improvável entre a banda francesa de rock/música contemporânea dos PoiL e Benoit Lecomte (baixista da banda Ni) e o cantor de música tradicional japonesa/tocador de satsuma-biwa Junko Ueda".
Já esteve em grandes palcos como o Rock in Rio e agora viaja até Loulé. Omar Souleyman, lenda da música síria, que reside na Turquia desde 2011, ano em que abandonou o país Natal, devido à guerra, faz uma abordagem eletrónica à música tradicional.
Estes são nomes que irão atuar nos 4 palcos principais do Festival – Matriz, Cerca, Castelo e Chafariz, mas também no Palco Hammam (adjacente aos Banhos Islâmicos). No entanto, no total serão 12 palcos que farão esta edição, “não necessariamente estruturas físicas mas pontos de atuação, alguns itinerantes”, explicou o diretor do evento e vereador do Município de Loulé, Carlos Carmo.
Durante a apresentação, este responsável destacou a “diversidade cultural e musical como a grande riqueza do Festival MED”. Mas também o facto de ser “uma experiência para quem aqui vem”, não só em termos do ambiente e do espaço público que envolve mas também “pela elasticidade que o MED proporciona em termos musicais”. “Hoje pudemos ver isso mesmo, diversos géneros musicais, de vários pontos do Globo, mas com um ponto comum: uma grande qualidade musical e um cartaz que está num dos patamares superiores dos últimos anos”, disse.
Como já é habitual, o Festival MED também dá primazia à sustentabilidade e às preocupações ambientais, num novo desafio, através dos objetivos para o desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas. “O MED compromete-se a cumprir 7 ODS, ligados não só à sustentabilidade ambiental”. São eles a da igualdade de género (ODS 5), trabalho digno e crescimento económico (ODS 8), reduzir as desigualdades (ODS 10), cidades e comunidades sustentáveis (ODS 11), produção e consumo sustentáveis (ODS 12), ação climática (ODS 13) e parcerias para a implementação dos objetivos (ODS 17).
O evento volta a contar com os canais de televisão e rádio públicos como media partners - RTP, Antena 1, Antena 2 e Antena 3.
2023 será um ano de “consolidação” de algumas alterações que têm acontecido ao longo dos anos e de “aprimorar” questões organizativas, adiantou o diretor. O regresso do Calcinha como um dos “palcos”, depois de um ano de encerramento para obras, a mudança do espaço onde decorre o Cinema MED e a reabertura da entrada pelo interior do Mercado, funcionando nesta edição com 3 entradas no recinto, são algumas das novidades.
Em 2024, o Festival MED celebra duas décadas de existência e Carlos Carmo garante que "neste momento já se trabalha preparação dessa edição para que esta seja ainda mais especial, mais cuidada, com muitas novidades e surpresas". Em relação a esta 19ª edição, o Município irá anunciar mais novidades já no dia 26 de maio, pelas 18h30, no Café Calcinha, nomeadamente as parcerias com os agentes associativos locais. A 2 de junho, pelas 21h00, no Cineteatro Louletano, a guineense Eneida Marta é a artista convidada do concerto daquela que será a última apresentação.
Refira-se que os bilhetes estão à venda na BOL e no Cineteatro Louletano, em valores de pré-venda até ao início da semana do MED.