Com um vasto percurso em funções administrativas na Câmara Municipal de Lagoa, Luís Encarnação assumiu em agosto de 2019 o cargo de presidente do concelho, após a saída de Francisco Martins, por motivos de saúde.
Em setembro deste ano, foi eleito para o seu primeiro mandato, com maioria absoluta. O autarca falou ao Algarve Primeiro, dando um primeiro olhar sobre os próximos quatro anos.
A caminhada de Luís Encarnação tem duas prioridades imediatas. «A construção de habitação a custos controlados para as famílias, sobretudo os casais mais jovens, para se fixarem no concelho, e também a questão do 1º Direito, (Programa de Apoio ao Acesso à Habitação do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, que desenvolve parcerias com os Municípios). Conforme temos dito, enquanto existir uma família lagoense que não tenha uma habitação digna, a nossa missão nessa matéria não está terminada, esse é um dos nossos principais objetivos».
A rede de abastecimento de águas é o segundo ponto prioritário, «melhorar o fornecimento no concelho, sobretudo evitar a questão das roturas constantes que acontecem pelo facto de, em alguns casos, as condutas terem mais de 40 anos. Queremos aproveitar esta oportunidade que o Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) nos dá, já que é uma das áreas contempladas, para iniciarmos um processo que tem custos consideráveis e, naturalmente moroso, que é a substituição das principais condutas adutoras e resolver os problemas que temos».
A pandemia também está no horizonte, havendo o objetivo de «continuar a controlar a questão da covid-19, estimulando a economia no sentido de criar emprego». Realçando: «é algo que decorre do trabalho que já vínhamos a fazer».
Destacou os seis compromissos para o mandato:
- Educação: «uma cidade educadora, continuamos esta aposta que temos feito de promover uma política de proximidade e cooperação com a comunidade, a educação como algo fundamental para ajudarmos a formar as mulheres e os homens de amanhã»;
- Cultura: «é algo que distingue Lagoa, com um programa cultural sempre de grande qualidade»;
- Ação social: «Lagoa Cidade Inclusiva, também esse compromisso de não deixar nenhum lagoense para trás. O futuro é incerto, os sinais que vamos vendo todos os dias não são animadores, e por isso queremos ter a autarquia preparada para apoiar os concidadãos no que precisarem»;
- Desporto: «Lagoa Cidade Ativa, continuar a trabalhar o concelho como uma referência no programa regional e nacional de uma aposta no desporto, faz parte do nosso ADN»;
- Cuidar do espaço público: «um concelho que vive essencialmente do turismo necessita de estar bem arranjado, estar limpo, ser um exemplo, não só para aqueles que recebemos, mas também para os lagoenses, que naturalmente pagam os seus impostos e gostam de ter a sua cidade limpa, organizada com um espaço público que os orgulhe»;
- Obras: «executarmos as que nos propomos e continuarmos a desenvolver aquelas que são fundamentais para tornar Lagoa um concelho melhor para viver, trabalhar, estudar ou para visitar».
Sobre o futuro, o presidente do município rege-se pelo lema «deixar o concelho melhor do que aquilo que encontramos, trabalhando para poder fazer um balanço positivo da atuação».
Sabe da exigência, mas diz estar preparado: «Temos o trabalho feito, os estudos, os projetos, a estratégia bem definida e, de uma forma geral, a partir de dia 14, após a tomada de posse [18:00 no Auditório Carlos do Carmo], teremos as mangas arregaçadas, continuando a trabalhar para os lagoenses e para Lagoa».
