Política

Os "pilares" de Vítor Aleixo para o seu último mandato

A cerimónia de tomada de posse dos órgãos autárquicos do concelho de Loulé, aconteceu na passada quarta-feira, no Cineteatro Louletano com lotação esgotada.

PUB
O Presidente da Câmara de Loulé, Vítor Aleixo, elegeu como eixos estratégicos para os próximos quatro anos o acesso à habitação, uma forte política ambiental e a simplificação e modernização administrativa. A revisão do PDM, vai estar também no foco do trabalho autárquico em Loulé.
 
Relativamente à habitação, é sabido que o Município prevê apoiar 1200 famílias até 2030, através da sua Estratégia Local de Habitação, numa fase em que já foram entregues as primeiras casas de habitação pública, lançados os primeiros fogos e elaborados vários projetos: “A humilhação continuada que é viver ao longo de décadas em condições de sobrelotação, sem privacidade ou com espaços domésticos degradados e sem qualquer conforto representa uma violência que é exercida sobre um número considerável de famílias que vivem entre nós e a que urge dar resposta, sob pena de no futuro podermos vir a ter a nossa paz social em causa”, sublinhou o autarca empossado que assume a necessidade de acelerar este processo.
 
A causa da ação climática, que marcou o trabalho nos últimos 8 anos de Vítor Aleixo, é para continuar com medidas que mitiguem as consequências das alterações climáticas e contrariem o rumo dos acontecimentos, é “um dever ético para com as futuras gerações”. Sendo este um problema global, o responsável do Município de Loulé diz ser localmente que as soluções serão encontradas e é no Plano de Ação Climática, que está já em marcha, que estarão muitas das respostas para combater “o descontrolo climático”.
 
A modernização e a simplificação administrativa dos serviços camarários foi mais um pilar elencado por Vítor Aleixo no seu discurso de tomada de posse. “Sei da importância económica para o desenvolvimento do concelho de uma administração transparente, rápida na resposta aos seus utilizadores e irei empenhar-me fortemente para que esse problema possa ser resolvido nos próximos anos”, garantiu.
 
Quanto à revisão do PDM, que se tem estendido por largos anos, deverá estar concluída “até ao final do próximo ano (2022)”. “É uma tarefa muito exigente e difícil de levar a cabo. Mas não podemos descansar um minuto que seja na gestão desse dossier”, frisou o autarca.
 
Nas obras municipais, o edil falou na criação de dois edifícios – em Loulé e Quarteira/Vilamoura - na área da investigação científica “que irão colocar o concelho ao nível dos territórios com inovação e com o desenvolvimento da ciência”, mas também investimentos na educação, no património cultural, na mobilidade suave, na eficiência hídrica e energia renovável, no abastecimento de água e esgotos, na reflorestação e recuperação da biodiversidade.
 
“Queremos alavancar a atividade económica, contribuir também para a diversificação da sua base abraçando novos projetos na área da investigação das ciências biomédicas, do turismo ligado ao envelhecimento ativo, da produção de conteúdos mediáticos e cinema, da agricultura bio sustentável e outros”, adiantou.
 
 
Defendeu ainda a cooperação com outros Municípios: “Queremos dar o nosso contributo para o Algarve, articulando e colaborando o mais possível com os outros municípios à nossa volta. Não queremos entrar numa competição que não faz sentido. Só cooperando uns com os outros é que o Algarve ganha. Ganha Loulé e ganharão todos! E também Portugal!”, disse aos jornalistas, no final de uma cerimónia que teve na plateia os autarcas de Silves, Rosa Palma, e de S. Brás de Alportel, Vítor Guerreiro. 
 
Refira-se que, para o mandato 2021/25, foram empossados como vereadores Ana Machado, Abílio Sousa, Carlos Carmo, Marilyn Zacarias e David Pimentel, todos eleitos pela lista do Partido Socialista, e que irão integrar a equipa de Vítor Aleixo. Na oposição vão estar, por parte da Coligação “Mais e Melhor pela Nossa Terra” (PPD/PSD, CDS-PP, MPT e PPM), Rui Cristina e João Paulo Sousa, e do Partido CHEGA, Fernando Santos. 
 
Já Carlos Silva Gomes é o homem que irá dirigir nos próximos quatro anos os trabalhos da Assembleia Municipal de Loulé. Coronel da GNR na Reserva, já exerceu cargos como o de Comandante do Comando Territorial de Faro ou o de Governador Civil do Distrito de Faro, e mais recentemente, o de Oficial de Ligação do Ministério da Administração Interna junto da Embaixada de Portugal, em Paris. Tem tido também um papel relevante na área da solidariedade social neste concelho e na região. 
 
Ao lado de Silva Gomes, na Mesa da Assembleia vão estar os socialistas Joana Conceição (1ª Secretária) e Fernando Marques (2º Secretário) uma vez que a Coligação “Mais e Melhor pela Nossa Terra” não aceitou o convite para integrar a mesma. 
 
A bancada do PS é agora constituída por Maria Esteves Lourenço, Carlos Costa, Joana Conceição, Vítor Cristiano Ferreira, Pedro Julião, Elisabeta Necker, Abel Matinhos, José Miguel Monteiro, Maria João Tavares, Fernando Marques, Márcio Fernandes, Núria Machado, João Pedro Cabrita e Marco Ferreira.
 
Em representação da Coligação “Mais e Melhor pela Nossa Terra” (PPD/PSD, CDS-PP, MPT e PPM), tomaram posse Eleutério Rocheta, João Carlos Santos, Bárbara Correia, Márcio Rodrigues, António José Farrajota, Cláudia Mendes e João Ferreira. 
 
Dos restantes partidos fazem parte desta nova Assembleia Sandra Oliveira e Castro e Sandra Ribeiro (Partido CHEGA), Carlos Martins (Bloco de Esquerda), Carla Gomes (CDU) e Ana Poeta Simões (PAN).
 
Da parte dos presidentes das juntas de freguesia do concelho, que também têm assento nesta Assembleia, foram empossados Joaquim Pinto (Almancil), António Martins (Alte), José Fernando Carrusca (Ameixial), Nélson Brazão (Boliqueime), Telmo Pinto (Quarteira), Carlos Filipe de Sousa (S. Clemente), Analídio Ponte (S. Sebastião). A Coligação “Mais e Melhor pela Nossa Terra” elegeu Francisco André Rodrigues (Salir) e Margarida Correia (União de Freguesias de Querença, Tôr e Benafim).