Sociedade

Osvaldo Gonçalves diz que é preciso passar dos estudos à prática no combate à desertificação no Algarve

A Semana Nacional do Combate à Desertificação e Seca, organizada pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas Algarve (ICNF) em parceria com o Município de Alcoutim, na direção do Centro de Competências na Luta Contra a Desertificação, teve início em Gouveia no passado dia 16, e encerrou no dia 22 de junho no Centro de Educação Ambiental de Marim, em Olhão.

PUB
O evento contou com a participação de diversas entidades regionais, incluindo o ICNF - António Miranda (Diretor Regional adjunto); do Município de Alcoutim - Osvaldo Gonçalves (Presidente da Câmara) e Alice Teixeira (técnica do município); do Município de Olhão - Ricardo Calé (Vice-Presidente da Câmara); da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve - José Pacheco (Vice-Presidente Regional); da Agência Portuguesa do Ambiente - Carlos Martins (chefe de Divisão do Planeamento e Informação da ARH); e da Direção Regional de Agricultura e Pescas - Mário Dias (Diretor Regional Adjunto).
 
Durante as intervenções, foi destacada a importância de reforçar o papel das mulheres na gestão sustentável do território, em consonância com o desafio lançado pelas Nações Unidas para 2023. Também se exigiu uma maior contribuição por parte dos agentes do território no delineamento dos programas de intervenção regional.
 
Neste ano, em que a região enfrenta uma situação de seca, foi dada ênfase à comunicação através da exibição da curta-metragem "Sortes", da realizadora Mónica Nunes, premiada em 2022 nos Prémios Nacionais de Cinema na Alemanha. Através das cenas de paisagens e evidências de um meio rural despovoado, a curta-metragem despertou reações entre os participantes.
 
No encerramento do evento, o presidente da Câmara de Alcoutim, Osvaldo Gonçalves, expressou a perceção de um vasto território que ainda não desperta o necessário interesse, razão pela qual não se revê num evento comemorativo do Dia Mundial do Combate à Desertificação e Seca. O autarca acrescentou que assinalar o dia é muito importante, porém "só teremos motivos para celebrar quando sentirmos que das reflexões saiam ações concretas que contribuam para melhorar o problema", enfatizando a necessidade de passar dos estudos à prática e de resolve-los, "especialmente no que diz respeito ao acesso a condições de vida digna para aqueles que lutam contra esses fenómenos".