No próximo dia 19 às 18 horas o NERA - Associação Empresarial da Região do Algarve acolhe, em Loulé, uma sessão de divulgação sobre as alterações climáticas.
Refira-se que esta sessão acontece, segundo a PALP, no momento em que está a decorrer a consulta pública sobre o Programa de Ação para a Adaptação às Alterações Climáticas até ao dia 28 de novembro. Trata-se de uma consulta pública "importante" sobre as medidas de adaptação às alterações climáticas que deverão ser implementadas em Portugal, e que visam dar resposta aos principais impactes e vulnerabilidades identificadas.
Segundo realça comunicado da Plataforma, de acordo com vários estudos, “Portugal é um dos países da Europa potencialmente mais afetados pelas alterações climáticas, enfrentando uma variedade de impactos como aumentos na frequência e intensidade de secas, inundações, cheias repentinas, ondas de calor, incêndios rurais, erosão e galgamentos costeiros”.
A identificação dos impactes/vulnerabilidades e a implementação efectiva das medidas de adaptação “são determinantes para o aumento da resiliência das comunidades, bem como dos setores relevantes para os objetivos da neutralidade carbónica, em particular para a agricultura e floresta, indústria, residencial e serviços e para as energias renováveis”.
Deste modo, a Plataforma Algarve Livre de Petróleo irá promover uma sessão sobre alterações climáticas, nomeadamente dos impactos, dos riscos associados e das medidas (de adaptação), assim como a importância da participação dos cidadãos na consulta pública.
Esta sessão contará com a presença do Luís Fazendeiro, doutorando no Programa Doutoral em Alterações Climáticas e Políticas de Desenvolvimento Sustentável, e da Inês Rafael e Lídia Terra da Unidade Operacional de Adaptação às Alterações Climáticas da Câmara Municipal de Loulé.
Recentemente a Galp e a Eni tomaram a decisão de abandonar o projeto de pesquisa e exploração de petróleo em mar ao largo do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. No entanto, a PALP diz estar à espera de uma confirmação oficial de que os 3 contratos foram de facto cancelados, além de que o processo jurídico associado ao furo de Aljezur continua em tribunal. Nem as concessionárias nem o Ministério do Mar deram ainda qualquer indicação sobre o mesmo, avança.
Por esse motivo, a Plataforma irá aproveitar a sessão no NERA, para fazer esclarecimentos sobre estado actual dos processos e apelar ao apoio da população na angariação de fundos que esta a decorrer.