Política

PAN defende georreferenciação para defender património arbóreo de Faro

 
O Grupo Municipal do PAN em Faro discute hoje em Assembleia Municipal uma recomendação para que o Município proceda à identificação, árvore a árvore, do património arbóreo do município e que adira à Rede de Cidades Protetoras da Terra.

 
Paulo Baptista, deputado municipal do PAN, explica que a forma como o património natural de Faro continua a ser tratado tem de ser revista: «Não devemos achar natural que sejam realizadas intervenções no arvoredo sem que os munícipes tenham uma palavra a dizer, já que as árvores são património de todos. Situações como a retirada das laranjeiras do Largo da Sé, ou o abate de árvores na Praceta Dr. Clementino de Brito Pinto, em que de cerca de dez exemplares sobraram dois, não devem voltar a acontecer.»
 
Com a proposta de georreferenciação das árvores, caso aprovada e aplicada pelo município, será para o PAN, "uma viragem total da autarquia nas políticas de gestão do seu arvoredo e ao mesmo tempo dar a conhecer e valorizar o património arbóreo junto dos munícipes", sendo uma ferramenta educativa para a preservação ambiental. 
 
O PAN quer que todas as árvores do município sejam identificadas através de uma plataforma colaborativa e interativa acessível a todos os munícipes que poderão acompanhar o estado fitossanitário de cada árvore e ser informados previamente de qualquer intervenção. A plataforma deverá permitir que o cidadão coloque questões e denuncie ocorrências relativamente a cada exemplar. Esta plataforma deverá também conter informações como a localização, identificação e caracterização de todos os exemplares arbóreos da cidade, qual a entidade cuidadora, estado fitossanitário, intervenções realizadas ou programadas e notificações de alerta sobre intervenções a realizar.
 
Como medida adicional, o partido reforça que deverá terminar a prática das podas radicais de rolagem (medida já apresentada anteriormente), retirar ninhos ou revolver as aves ou os ovos que neles se encontrem, acrescentando que qualquer abate só deverá ser realizado em caso de emergência e mediante parecer técnico especializado.