O incêndio em Castro Marim que alastrou a Vila Real de Santo António, fez arder um canil e vitimou 14 animais, em que o Presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António (VRSA), Luís Romão, disse não ter conhecimento da existência do espaço, é uma afirmação desmentida pelo partido PAN.
Em nota enviada à redação do Algarve Primeiro, o partido diz ter reagido “com surpresa”, dizendo que tem “conhecimento de que pelo menos desde 2018 que já teriam sido denunciados três abrigos a funcionar sem condições, um dos quais o que veio a ser destruído pelo incêndio”, tendo inclusive “provas conclusivas de uma das denúncias, feita a 7 de março de 2018, junto do médico veterinário municipal.”
O PAN questionou a autarquia sobre o sucedido, mas ainda não obteve qualquer resposta.
O partido avançou com um processo de queixa-crime no Ministério Público, Ministério do Ambiente e Ação Climática, e veio anunciar esta quarta-feira a abertura de um inquérito. O sucedido no passado em Santo Tirso, que na voz de Inês de Sousa, porta-voz do PAN, “o processo ficou completamente parado e há mudanças que têm de ser feitas, como a inclusão dos animais nos planos de proteção civil e o levantamento dos abrigos existentes no país, sejam públicos ou privados e estejam ou não regularizados”, não tendo existido nenhuma acusação contra as proprietárias do espaço, a queixa-crime serve assim para “podermos acompanhar o processo e juntar também outros meios de prova”.