Em comunicado, o partido expressa “profunda preocupação” com estes acontecimentos, salientando que o episódio revela “a preferência estratégica cada vez maior da costa do Algarve (Os relatórios da PJ e ICAD mostram que 2022 foi o ano com mais apreensões nos últimos 10 anos em Portugal para várias estupefacientes), face a tentativas de desembarque de armamento e de carga ilícita, com elevado risco para a segurança pública e para o sentimento de proteção das populações locais”.
O PAN refere que o alerta é reforçado por outras notícias relativas à ação de narcotraficantes que, ao largo da costa algarvia, conseguiram resgatar de um navio mercante um contentor contendo cerca de uma tonelada de cocaína. Incidente, que a par da apreensão de armas de guerra em Aljezur, confirma, segundo o partido, que “o Algarve se encontra exposto a operações de criminalidade organizada transnacional, que utilizam as fragilidades da vigilância marítima e costeira para introduzir material de elevado perigo no território nacional”.
O PAN Algarve sublinha ainda que estas situações não devem ser encaradas como casos isolados, “mas como indicadores de risco sistémico que exigem resposta imediata”. O partido vai solicitar ao Governo que proceda ao reforço a curto e médio prazo dos meios das forças de segurança, com particular enfoque no patrulhamento costeiro, na monitorização marítima e no incremento de recursos logísticos e humanos, de modo a permitir que a atividade policial decorra de forma “célere e eficaz”.
Saúl Rosa, porta-voz distrital do PAN, diz que estes episódios “demonstram de forma inequívoca a necessidade de uma atenção reforçada do Governo sobre a costa algarvia. Os agentes desempenham funções com dedicação e profissionalismo, mas é imperativo dotá-los dos meios adequados para garantir a segurança das populações e enfrentar o grau de sofisticação destas operações ilícitas.”
“É responsabilidade do Governo assegurar os recursos indispensáveis para proteger a região e a sua população. As nossas autoridades estão de parabéns pelo serviço público contínuo e pela firmeza com que têm atuado perante ameaças desta dimensão”, conclui o comunicado.
