A proposta de Orçamento do Estado para 2019, foi apreciada em reunião da Comissão Política Distrital do PSD Algarve.
Para os Social Democratas, no que se refere à região, "o OE 2019 ignora necessidades fundamentais dos algarvios, traduzindo-se numa flagrante violação dos compromissos firmados para a legislatura, com o Algarve a ficar de fora das opções do Governo, nos últimos 4 anos".
Não obstante a previsão de investimento público subir a nível nacional para o Algarve, o PSD refere "que é quase inexistente para a região".
A título de exemplo, revela em comunicado enviado à imprensa, que nos mapas orçamentais regionalizados constantes do OE 2019 "está previsto o valor de 8.8 milhões, o que corresponde a 0,2 % das despesas de investimento total, menos 90 vezes que a região Norte".
Na saúde a análise do PSD recai mais uma vez sobre os "resultados que todos os anos são piores, onde o Hospital Central do Algarve não avança, embora estejam previstos 5 hospitais, 4 deles classificados atrás do Algarve na ordem de prioridades definida a nível nacional. Por outro lado, não há da parte do Governo qualquer medida que garanta a fixação de recursos humanos na região".
Passando para as acessibilidades a requalificação da EN-125 Olhão – VRSA "também não será uma realidade em 2019", de acordo com o mesmo comunicado, "no programa de conservação e manutenção de rodovias até 2021, o distrito de Faro tem previsto 4,2 milhões de euros, verba inferior a qualquer outro distrito".
Na ferrovia o PSD Algarve reconhece que apesar do anúncio para a realização de obras nos principais corredores ferroviários do país – as quais ascendem em 2019 a perto de 1000 milhões de euros - , "a eletrificação da Linha do Algarve é novamente adiada com a ligação ao Aeroporto a não estar prevista nos próximos anos".
Nesta matéria "as supressões de comboios batem todos os recordes e os algarvios têm menos alternativas de mobilidade", confirmam os Social Democratas no mesmo balanço.
Relativamente à Via do Infante, "os partidos que apoiam o Governo assumiram como compromisso número um para o Algarve as portagens, no entanto, o PS falou numa redução a título imediato de 50 %, BE e PCP a abolição, 4 anos volvidos as portagens reduziram-se em 15%, num estranho exercício aritmético que igualou o desagravamento do Governo anterior, esse sim com apertos financeiros que não têm comparação com os dias de hoje", conclui o PSD.
