Política

PCP apresenta «consequências» para o Algarve e para o país com resultado das legislativas

O resultado obtido pela CDU nas eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro – 4,4% dos votos e 6 deputados no plano nacional e 4,81% (9.379 votos) no Algarve, traduz para o PCP, «uma quebra eleitoral com uma significativa perda de deputados no plano nacional e a não eleição de um deputado da CDU na região».

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Em comunicado, o Secretariado da Direção da Organização Regional do Algarve do PCP - DORAL considera que, «independentemente de insuficiências que precisam de ser superadas», os resultados das eleições legislativas «são inseparáveis de um conjunto de fatores» como, «a operação levada a cabo a partir da dissolução da Assembleia da República para favorecer a construção de um bloco central, estimulando uma dinâmica de bipolarização, acentuada pelas sondagens e por outros meios; a insistente mentira de responsabilização do PCP pela realização de eleições, a propósito da não aprovação da Proposta do Orçamento do Estado para 2022; a abusiva apropriação pelo PS dos avanços alcançados nos últimos 6 anos, que resultaram sempre da ação determinada da CDU; a promoção e favorecimento de outras forças políticas, nomeadamente de forças reacionárias, convergindo com a desvalorização e discriminação da CDU; a realização das eleições em situação de epidemia e de agigantamento e instrumentalização do medo, que afetou relacionamentos sociais e prejudicou um trabalho de proximidade e contacto tão característico da CDU».
 
O Secretariado da DORAL assume que a realização das eleições «não iludiu no entanto os problemas e dificuldades que estão colocados aos trabalhadores e às populações algarvias, em que a evolução da situação do país impunha que se procurassem soluções para os problemas nacionais, para a vida dos trabalhadores e do povo, mas, em vez disso, o PS, ambicionando uma maioria absoluta, em convergência com o Presidente da República, precipitou a realização de eleições».
 
Os comunistas algarvios, chamam ainda a atenção, de que a maioria absoluta que se registou, «em vez de responder aos problemas do país, deixa o PS com condições de levar mais longe o seu compromisso com a política de direita, com as opções de subordinação aos interesses do grande capital e às imposições da União Europeia».
 
O PCP refere que é preciso continuar a reclamar o aumento geral dos salários; a valorização das pensões; medidas para salvar o SNS e a valorização dos serviços públicos; resposta na habitação; garantia dos direitos dos pais e das crianças; aumento do investimento público na região e no País; diversificação da atividade económica; justiça fiscal; eliminação das portagens e regionalização, entre outros aspetos.