O PCP apresentou ontem na Assembleia da República, por via do seu grupo parlamentar, uma proposta de abolição das portagens na Via do Infante, que marcou a entrada em funcionamento da nova sessão legislativa.
Para o PCP trata-se de «um dos compromissos assumidos no seu programa e na campanha eleitoral que realizou no Algarve».
Os comunistas lembram que esta não é a primeira vez que o PCP avança com esta iniciativa «que tem sido sistematicamente chumbada com os votos do PS, do PSD e do CDS». Contudo, a situação existente, com a cobrança de portagens ao longo dos últimos 8 anos, «penalizando a economia e as populações algarvias, empurrando milhares de automobilistas para a EN 125 (cuja requalificação total continua por fazer), atrasando o desenvolvimento da região, reclama que se intensifique a luta contra as portagens, pelo direito à mobilidade e pela devolução desta importante infra-estrutura à região», defende o partido em comunicado.
Avança que o recurso a uma parceria público-privada representa uma opção «verdadeiramente ruinosa» para o Estado e um «chorudo negócio» para os privados, que beneficiam de «elevadíssimas taxas de rentabilidade sem riscos». Nesse entendimento o PCP diz que foram criadas portagens na Via do Infante «para arrecadar receita para transferir para o concessionário, numa opção que visa preservar os avultados lucros dos privados à custa do sacrifício das populações e da economia regional».Opção que diz «urge pôr fim».