O PCP entende que o Governo deve acelerar o processo de construção do novo estabelecimento prisional do Algarve.
O PCP informou que entregou est quinta-feira na Assembleia da República o Projeto de Resolução que recomenda ao Governo que acelere o processo de construção do novo estabelecimento prisional do Algarve, localizando-o na freguesia de São Bartolomeu de Messines, no terreno adquirido pelo Estado para esse efeito nos finais da década de 80 do século passado e pondere a possibilidade de dotar o novo estabelecimento prisional do Algarve de uma ala feminina, em vez de reconverter o Estabelecimento Prisional de Olhão em estabelecimento feminino.
Segundo o PCP tratam-se de propostas que surgem depois de recolhidos um conjunto de elementos em visitas que delegações do PCP, integrando deputados da Assembleia da República e do Parlamento Europeu, realizaram aos estabelecimentos prisionais da região algarvia (Faro, Silves e Olhão), da avaliação das condições de detenção dos reclusos e de trabalho dos guardas prisionais e ainda de uma reflexão sobre a necessidade de requalificação e modernização das infraestruturas do sistema prisional na região algarvia.
Os comunistas lembram que a construção de um novo estabelecimento prisional no Algarve está contemplada no Relatório sobre o Sistema Prisional e Tutelar, apresentado pelo Governo em setembro de 2017.
Nesse relatório, partindo de uma análise de um conjunto de fatores, entre os quais o número de reclusos com residência no Algarve e a lotação oficial dos estabelecimentos prisionais da região, concluiu-se pela existência de um défice de alojamento de 512 lugares masculinos e 47 lugares femininos, exigindo a construção de um novo estabelecimento prisional no Algarve com lotação de 600 lugares.
Apesar de o relatório não se debruçar sobre a localização do novo estabelecimento prisional do Algarve, há antecedentes que apontam a sua localização para a freguesia de São Bartolomeu de Messines (concelho de Silves).
O PCP explica que nos finais dos anos 80 do século passado foi iniciado um processo de construção de um novo estabelecimento prisional no Algarve, tendo sido foi selecionado um terreno no concelho de Silves, a cerca de 1,5 km da Portela de Messines, o qual, tendo recolhido pareceres favoráveis da Câmara Municipal de Silves, do Instituto Nacional de Investigação Agrária e da Direção-Geral do Ordenamento do Território, mereceu a concordância do Ministro da Justiça. Adquirido o terreno, a construção do novo estabelecimento prisional do Algarve não se chegou a concretizar.