O PCP classificou “como inaceitáveis” as declarações do ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, ao justificar o aumento do preço da água “como contrapartida aos investimentos previstos no âmbito do PRR” para a região.
“Era o que mais faltava que, perante um PRR que deixa de fora tantos e tantos investimentos que a região há muito reclama – como o Hospital Central do Algarve –, nos poucos investimentos considerados fosse ainda exigido à população o aumento do preço da água como contrapartida”, apontam os comunistas.
O PCP defende que, sendo a água um bem público essencial à vida, “não deverá ser gerida em função de um negócio, mas, sim, com uma gestão pública, criteriosa e eficiente”, sublinhando que os investimentos realizados no Algarve “não são uma benesse, nem uma dádiva do Governo ou de Bruxelas como alguns pretendem fazer crer”.
Além do ministro do Ambiente, também o presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), em declarações à agência Lusa na terça-feira, admitiu um aumento do preço do abastecimento que deverá ser aplicado em 2026.
Segundo António Pina, o aumento, “que não será significativo”, refletirá os custos operacionais com a manutenção do funcionamento das duas infraestruturas do plano de eficiência hídrica para o Algarve inserido no PRR e aplicado “em proporção do que cada um consome”.