Política

PCP diz que é preciso abrir mais vagas para o CMFR Sul

 
O partido diz ser urgente tomar medidas de valorização e reconhecimento dos trabalhadores da saúde com a existência de trabalhadores motivados, com perspetivas de carreira e de desenvolvimento profissional, «sendo esta uma questão central no reforço da capacidade do SNS».

Depois da denúncia da associação Determinante sobre os problemas no Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul, “como a falta de recursos humanos e materiais, a baixa ocupação a nível de internamento de utentes a quem o Centro se destina, a elevada lista de espera, o constante depósito de doentes do Hospital de Faro neste Centro, assim como o longo atraso (em alguns casos ultrapassando os dois anos) na entrega de ajudas técnicas e materiais de apoio”, a Comissão Concelhia de São Brás de Alportel do Partido Comunista Português diz em comunicado, que as denúncias dirigidas ao CMFR Sul, que se encontra sob a tutela do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), «são o reflexo, não de escolhas isoladas apenas em relação a este Centro, mas de políticas que, a nível nacional, têm conduzido à existência de problemas sentidos um pouco por todo o país no Serviço Nacional de Saúde (SNS)».
 
O PCP defende que o caminho não é voltar aos tempos das Parcerias Público Privadas, mas antes criar condições para a valorização do CMFR Sul, «onde os milhões que eram disponibilizados aos privados que geriam o Centro surjam agora, novamente, disponibilizados no âmbito da gestão pública e de qualidade».
 
Outra necessidade passa por dotar as unidades de saúde integradas no SNS dos profissionais em falta, sejam eles médicos, enfermeiros, técnicos superiores de saúde, técnicos de diagnóstico e terapêutica, assistentes técnicos ou assistentes operacionais, «através da abertura das vagas necessárias e garantir as condições para que os profissionais aí se fixem, sejam em termos remuneratórios, em termos de ingresso e progressão nas carreiras, seja na disposição dos equipamentos e meios adequados às necessidades de resposta que são esperadas».
 
No mesmo comunicado, os comunistas criticam que as medidas, tenham sido contrárias «aos que, desde há muito, “piscam o olho” aos privados, a quem têm vindo a trocar o direito à saúde pelo “negócio da doença”. Falamos de PS e PSD, mas também de outros, que executando ou defendendo políticas de direita, de forma mais ou menos ativa têm contribuído para a degradação do SNS e, consequentemente, do CMFR Sul».
 
O PCP assume que continuará a defender a adoção de medidas «para a efetiva contratação dos trabalhadores em falta para que possa ser alcançado o potencial pleno de oferta terapêutica no Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul, bem como a dotação dos meios financeiros e técnicos necessários para a prestação de um serviço adequado às reais necessidades dos utentes», conclui.