Depois de ter sido tornado público esta sexta-feira, que a urgência pediátrica do Hospital de Faro estaria encerrada até à próxima segunda-feira, dia 28 de Fevereiro, por falta de pediatras, situação entretanto revertida, com recurso a médicos de clinica geral, o PCP fala de uma situação, que se tem tornado recorrente ao longo dos últimos tempos, «revelando não só a ausência de medidas que garantam a atração e fixação de médicos e de outros profissionais de saúde no SNS mas também, uma política que de forma indireta contribui para alimentar o negócio dos grupos económicos privados que lucram com a falta de resposta do SNS».
Em comunicado, os comunistas dizem que o recurso em situações de urgência pediátrica ao Hospital de Portimão – que fica a 70 km de Faro e a 115 km de Vila Real de Santo António - não é solução. «As crianças e os pais algarvios precisam de ter a segurança de que, em qualquer eventualidade, as portas da urgência pediátrica não se encontram encerradas, nem a saúde e a vida dos mais novos é posta em causa. O direito à saúde, não pode existir apenas para os que têm condições económicas para tal, ainda mais quando se fala de crianças».
Relembra ainda que, a falta de profissionais de saúde em todo o Algarve – desde os cuidados primários, passando pelos hospitais, aos cuidados continuados - é uma realidade «que, pese embora as muitas promessas, não tem tido resposta». O partido sublinha que não fosse a entrega e a dedicação dos profissionais de saúde, – «como se viu durante o combate à epidemia» - e a situação poderia ainda ser pior.
O PCP exige que se tomem medidas urgentes com vista a garantir a atração e fixação de médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde, «investindo nas suas carreiras e remunerações e combatendo o assalto que os hospitais e clínicas privadas estão a fazer aos profissionais do SNS. Medidas urgentes que só não estão implementadas porque o Governo PS assim o tem recusado», conclui.