No seguimento das visitas que o deputado do PCP no Parlamento Europeu realizou a locais afetados pelo grande incêndio que teve lugar em agosto de 2021, em Castro Marim e que atingiu os concelhos de Tavira e Vila Real de Santo António, o partido informa em comunicado, que João Pimenta Lopes questionou a Comissão Europeia sobre se o Estado português acionou a mobilização de fundos comunitários, com vista à disponibilização de apoios às populações afetadas.
Em resposta à pergunta do deputado comunista, o PCP refere que a Comissária Elisa Ferreira, esclareceu: "até à data, a Comissão ainda não recebeu, por parte de Portugal, nenhum pedido de assistência do Fundo de Solidariedade da União Europeia a título dos danos causados pelos incêndios florestais".
Para o PCP a ausência de qualquer iniciativa neste sentido por parte do governo português, "contrasta com as promessas realizadas no verão passado de apoios às populações atingidas, realidade que é também confirmada pelo facto de muitos dos que perderam bens nesse incêndio estarem até hoje à espera de qualquer apoio por parte do Governo".
No mesmo documento, o PCP descreve que o incêndio destruiu milhares de hectares de matos e florestas, de habitações, infraestruturas e equipamentos, culpabilizando "a ausência de uma verdadeira política de prevenção dos incêndios florestais que se tem tornado numa rotina de verão nas serras algarvias". Critica igualmente o Estado português por não ter mobilizado "todos os recursos que estão disponíveis – incluindo fundos comunitários – para apoiar as populações".