O PCP interpelou o Governo, através de uma pergunta dirigida à Ministra da Saúde, sobre os principais problemas existentes no concelho de Loulé em relação ao Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente, em relação à situação de falta de médicos e de assistentes técnicos, bem como em relação à falta de condições de infra-estruturas e de meios.
Segundo o PCP, a "grave carência de médicos no concelho faz elevar a mais de 15.000 os utentes sem médico de família, situação a que urge dar resposta através da contratação de médicos de medicina geral".
A Comissão Concelhia de Loulé do PCP exige "o investimento necessário para garantir o acesso gratuito de todos os cidadãos ao serviço público de saúde".
No passado dia 17 de fevereiro, uma delegação do Partido Comunista Português, reuniu com a Diretora Executiva do Agrupamento de Centros de Saúde Algarve I – Central, Sílvia Cabrita, bem como com Vogal do Conselho Clínico e da Saúde do ACES central, Filipe Figueiredo, para se inteirar dos problemas que afetam o Centro de Saúde de Loulé. Nesta reunião o PCP explica que foram identificados vários problemas, nomeadamente "a grave falta de médicos em algumas unidades deste Centro de Saúde, bem como a falta de Assistentes Operacionais, falta de instalações adequadas e a carência de viaturas para a prestação de cuidados e consultas domiciliárias".
No que respeita à falta de Médicos de Família, o partido diz que no último concurso nenhuma das vagas que foram abertas foi ocupada, deixando assim um total de 15.100 utentes sem médico de família, nomeadamente nas Unidades de Cuidados de Saúde Primários de Almancil/Boliqueime - 8.100 utentes; de Quarteira - 4500 utentes, de Loulé, que abrange a zona serrana, com 2.500 utentes.
Quanto aos Assistentes Operacionais, foi transmitido que estão em falta 6 Assistentes Operacionais neste Centro de Saúde. E aqueles que estão colocados, são na sua maioria através da contratação de empresas de limpeza. Para além disso, o PCP aponta para a existência de vários problemas de incumprimentos contratuais por parte das empresas para com os seus trabalhadores, bem como a não substituição de trabalhadores nas suas faltas/baixas.
Relativamente à utilização de viaturas na prestação de cuidados e consultas ao domicílio, apesar de estar identificado pelo Governo a falta de viaturas neste Centro de Saúde, os comuninstas referem que a situação de carência mantém-se, verificando-se que muitas consultas ao domicílio continuam a não ser feitas de acordo com o necessário.
Quanto às instalações da UCSP de Almancil, o PCP relata que o "espaço" considerado como "sala" de refeições e descanso dos profissionais continua a ser num vão de escadas. As obras previstas nesta unidade ainda não avançaram, pelo que permanece a situação de falta de condições para pausas e refeições dos profissionais, muito deles em horário de trabalho de laboração continua.
Segundo o PCP, apesar do Governo ter transmitido em 2018 que a construção de um novo edifício para a USF Lauroé, estaria concluído durante o ano de 2019, esta USF, "está instalada em contentores há cerca de 10 anos, ou seja desde 2010".