Em comunicado, o PCP considera que a decisão por parte da ARS Algarve de decretar a suspensão das atividades letivas presenciais nos primeiros e segundos ciclos de ensino nos concelhos de Albufeira, Loulé, Faro, São Brás de Alportel e de Olhão, anunciada ontem à noite, "não só apanhou milhares de famílias e professores de surpresa, como constitui um novo revés no processo de ensino e aprendizagem de milhares de crianças algarvias e um elemento desorganizador e penalizador da vida dos seus pais e encarregados de educação, incluindo dos que dependem das refeições fornecidas nas cantinas escolares".
Os comunistas falam de um "decisão, estranhamente assumida pela ARS" e não diretamente pelo governo, tomada na base do aumento do número de casos de Covid-19 "e numa motorização da epidemia assente apenas em alguns e parciais critérios epidemiológicos, "desconsiderando outros critérios e dimensões, que não vão no sentido que a região do Algarve e o País precisam".
Em contexto de mais uma vaga de Covid.19, o PCP exige a intensificação e o alargamento da testagem e da vacinação, bem como o reforço do rastreio. "Opções que, reclamam um forte investimento não apenas na contratação de mais trabalhadores para assegurar estas funções – enfermeiros, médicos, equipas de saúde pública – mas também na diversificação da compra de vacinas, respondendo à falta de vacinas ainda agora assinaladas pelos responsáveis do processo, acelerando todo o processo de vacinação e rompendo com a submissão às imposições da União Europeia e com os interesses das multinacionais farmacêuticas a que o País tem estado sujeito", sublinha o partido no mesmo comunicado.
O PCP entende que mais do que "posicionamentos contraditórios por parte das diferentes autoridades", a situação reclama a criação de condições "para a retoma e desenvolvimento, com condições de segurança, das atividades económicas, educativas, sociais, culturais e desportivas essenciais à vida e à saúde das crianças e dos pais, bem como, de toda a população em geral", conclui.