Política

PCP fez ronda por trabalhadores de diversos setores no Algarve

Em comunicado, o Partido Comunista Português informa que, no passado dia 4 de maio, o deputado João Dias marcou presença no Aeroporto de Faro e no Marshoping, para assinalar os problemas com que estão confrontados milhares de trabalhadores destes dois “importantes locais de trabalho na região”.

PUB
 
No mesmo documento enviado às redações, o PCP regista que, os impactos sociais e económicos das medidas de prevenção e combate ao surto epidémico se fizeram, em primeiro lugar nos locais de trabalho, com despedimentos, cortes nos salários por via do layoff ou da assistência aos filhos, férias forçadas. “Medidas que na sua maioria, foram provenientes de grandes empresas que acumularam milhões de euros de lucros ao longo dos últimos anos”, salienta.
 
Refere o mesmo documento que, o PCP também marcou presença nas antigas instalações dos CTT em Estoi, “para assinalar as consequências para as populações do processo de privatização dos Correios que ficaram ainda mais expostas com a atual situação de surto epidémico”.
 
Na Freguesia de Santa Bárbara de Néxe, junto da escola do primeiro ciclo, a delegação do PCP (que contou com a participação do Presidente da Junta eleito pela CDU) chamou a atenção para a necessidade de medidas urgentes por parte do governo no fornecimento de equipamentos electrónicos e acesso à internet às crianças mais desfavorecidas,  “combatendo o aprofundamento das desigualdades no ensino público”.
 
No mesmo dia a delegação do partido reuniu também com a direcção da USAL/CGTP-IN, “onde se destacou a importância das reivindicações dos trabalhadores que foram avançadas nas iniciativas do 1º Maio”. A exigência da proibição dos despedimentos e do pagamento dos salários por inteiro, a par das medidas de proteção e segurança sanitária para os trabalhadores que estão nos locais de trabalho, foram os aspectos que se destacaram, para responder a uma situação social na região, onde segundo o PCP, só no mês de março o número de inscritos nos centros de emprego cresceu mais de 40%.
 
O mesmo documento refere ainda, as preocupações dos comerciantes, muitos deles micro, pequenos e médios empresários que também estiveram presentes numa reunião que decorreu com a ACRAL. A paragem forçada ou voluntária de muitos empresários, a perda parcial ou mesmo total dos rendimentos, as dificuldades em aceder às medidas de apoio por parte do Governo e as preocupações face à perda de poder de compra por parte da população e às dificuldades que se colocam a uma região que depende muito do turismo, foram alguns dos aspetos aprofundados.
 
Nessa reunião o PCP deu também a conhecer o conjunto de propostas apresentadas na Assembleia da República, designadamente a de um apoio ao rendimento dos Micro-empresários e empresários em nome individual, a equiparação dos sócios gerentes ao regime de trabalhadores independentes, o levantamento das barreiras que estão colocadas no acesso aos apoios disponibilizados pelo governo, taxas de juro zero nos empréstimos a conceder, concluiu.