A solução encontrada por parte do novo Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve, em articulação com o Ministério da Saúde, para os problemas relacionados com os serviços de ortopedia desta unidade de saúde, que passa por reencaminhar utentes algarvios para hospitais de Lisboa e Setúbal, não convence o PCP.
Para os comunistas, a falta de capacidade de resposta nos hospitais algarvios de Faro, Portimão e Lagos não se resolve transferindo utentes para outras regiões do País ou para unidades de saúde privadas, mas sim com um reforço significativo do financiamento do Serviço Nacional de Saúde, dotando-o de recursos humanos e materiais adequados à prestação de cuidados de saúde de qualidade, destacando outras especialidades que para além da ortopedia apresentam uma resposta reduzida, nomeadamente a oftalmologia, neurocirurgia, urologia, reumatologia ou dermatologia.
Para assegurar cuidados de saúde públicos de qualidade no Algarve, o PCP defende que é necessária outra política que defenda e desenvolva o Serviço Nacional de Saúde, pondo fim ao processo de fusão dos hospitais algarvios num único centro hospitalar, mantendo todos os serviços e valências nos hospitais de Faro, Portimão e Lagos e dotando-os de recursos humanos, materiais e financeiros adequados.
Assim, o Grupo Parlamentar do PCP questionou o Ministro da Saúde sobre as medidas urgentes que o Governo irá adotar para assegurar "uma verdadeira solução para o problema da falta de capacidade de resposta dos hospitais algarvios".
