Na reunião do Conselho ministros da semana passada o Governo PS tornou público que decidiu dar seguimento ao processo de lançamento de uma nova parceria público-privada para a construção e equipamento do edifício do Hospital Central do Algarve.
Para o PCP, "é preciso passar dos anúncios aos actos, construindo uma infraestrutura que é fundamental para alargar e melhorar a resposta do Serviço Nacional de Saúde na região". O partido defende em comunicado, que esta medida "tem que ser acompanhada de outras medidas e investimentos fundamentais quer para a atração e fixação de profissionais de saúde no SNS, quer para a melhoria da rede de cuidados primários que é também deficitária em todo o Algarve".
O partido chama, no entanto a atenção, para o facto de a opção que o Governo assume passar pela construção do novo hospital através de uma Parceria Público Privada, "ser feita em nome da contenção do défice das contas públicas. Este investimento não entraria para o cálculo do défice, traduzindo-se na prática numa obra que ficará mais cara para o erário público, beneficiando o grupo económico privado e prejudicando o País".
Como exemplos, relembra as PPP's da Via do Infante, "infraestrutura pública que estando há muito paga continua a cobrar portagens aos seus utilizadores", ou da Estrada Nacional 125 "cuja requalificação realizada em formato PPP ficou a meio, mesmo depois de terem sido despendidos centenas de milhões de euros do erário público".
Os comunistas prometem continuar a acompanhar este processo, exigindo a urgente construção do novo Hospital Central do Algarve.