A comissão concelhia de Faro do PCP acusa o executivo de Rogério Bacalhau, de pretender "destruir" o parque de campismo da Praia de Faro, o qual, no entender dos comunistas, deve ser revitalizado e ter gestão municipal.
“A intenção que está em curso, visando a destruição do único parque de campismo existente no concelho de Faro, é inseparável de um processo mais vasto que visa, a coberto de uma suposta defesa dos valores naturais, expulsar as comunidades locais das ilhas-barreira da Ria Formosa”, acusa o PCP.
O PCP adianta em comunicado, que "esse processo inclui limitar ou mesmo eliminar o direito das populações à utilização dessas ilhas-barreira como espaço de residência, atividade económica e lazer e fruição,com objetivo – nunca declarado – de entregar este valioso património natural aos grandes interesses privados para que estes os explorem em seu benefício”.
Relativamente ao Parque de Campismo, os comunistas farenses, dizem que “apenas podem responsabilizar” as maiorias PS e PSD/CDS que assumiram nos últimos anos a presidência da Câmara de Faro, que “se demitiram, ao longo dos anos, de exercer o seu papel na gestão, investimento e desenvolvimento” do espaço.
“A maioria PSD/CDS na Câmara Municipal de Faro está a tentar esconder que enganou os atuais utentes do parque de campismo da Ilha de Faro durante a campanha eleitoral das eleições autárquicas de 2013, ao lhes ter incentivado a ficar no espaço e a investir dezenas de milhares de euros com a promessa que lá iriam ficar”, frisa ainda o PCP.
Os comunistas defendem um parque de campismo “revitalizado, enquadrado na legislação vigente e de gestão pública municipal”, que acolha a população local e os seus visitantes, “a única solução que favorece os interesses das populações, do município, da atividade turística e de todos os que usufruem atualmente desta infraestrutura”.
O PCP critica também aquilo que considera “as manobras em curso” pela maioria PSD/CDS, como a convocação de um referendo local, visando "o branqueamento das suas responsabilidades pela situação que foi criada, a ocultação do seu papel no processo de expulsões que está em curso em toda a Ria Formosa e a manipulação da opinião pública”.
