A Portway, empresa detida a 100% pela multinacional VINCI, mantém um conjunto de trabalhadores no Aeroporto de Faro contratados à margem da contratação coletiva e com salários muito abaixo do praticado na empresa.
Segundo o PCP, esses trabalhadores têm desenvolvido uma "justa" luta reivindicando a sua integração na contratação coletiva da empresa e exigindo um aumento salarial.
Os comunistas dizem que a multinacional tem-se recusado "sistematicamente" a negociar com o Sindicato representativo dos trabalhadores, "preferindo um clima de coação e intimidação, com o evidente propósito de desorganizar a resistência e generalizar na empresa os baixos salários e a desregulamentação do trabalho".
Comunicado do PCP, adianta que a multinacional VINCI ordenou que Ponce de Leão, administrador da ANA, comunicasse a Ponce de Leão, administrador da Portway, que a ANA deixava de contratar o serviço de pontes telescópicas à Portway em Faro, o que levou ao "despedimento imediato e selvagem dos trabalhadores das pontes telescópicas, exatamente os que têm aderido, em Faro, à luta pela integração na contratação coletiva e pelo aumento de salários".
Doze trabalhadores efetivos, com largos anos de contratos, foram despedidos com um aviso prévio de 24 horas e sem atribuição de qualquer indemnização, num ato "fora-da-lei e de terrorismo social, que exige o repúdio imediato e generalizado", destaca o PCP.
O Grupo Parlamentar do PCP questionou o Ministério da Economia e o Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social sobre as medidas que o Governo vai tomar perante este comportamento "imoral e repugnante" da multinacional VINCI e as ações que já foram tomadas pela ACT face ao comportamento ilegal desta multinacional e dos seus encarregados em Portugal.