O PCP avança em comunicado que a população de Salir (concelho de Loulé) foi confrontada com a decisão da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de encerrar a sua dependência nesta localidade do interior serrano algarvio, no passado mês de junho.
Apesar do descontentamento da população e dos seus representantes no Poder Local – Junta de Freguesia de Salir e Câmara Municipal de Loulé – a Administração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo "manifestou-se insensível aos argumentos apresentados e consumou a decisão", referem os comunistas.
Com o encerramento da dependência da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo em Salir, as populações desta freguesia, na sua maioria já com uma idade avançada, ficam ainda mais isoladas e privadas de serviços públicos essenciais, como os serviços bancários. A hipotética instalação de uma Caixa Multibanco não é uma solução para as populações, que ficarão a uma distância de 15 quilómetros da agência bancária mais próxima, frisa o mesmo comunicao.
Para o Grupo Parlamentar do PCP, "sendo uma decisão de um banco privado, o facto é que ela se insere numa política mais geral de degradação dos serviços públicos e abandono das populações que sucessivos governos têm imposto".
Deste modo o mesmo Grupo Parlamentar por intermédio do deputado Paulo Sá, questionou a Ministro das Finanças, dirigindo-lhe as seguintes perguntas:
Como avalia o Governo a decisão da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de encerrar, em finais do passado mês de junho, a sua dependência em Salir, localidade do interior serrano algarvio?
O Governo já ouviu as autarquias – Junta de Freguesia de Salir e Câmara Municipal de Loulé – neste processo?
Irá o Governo intervir junto da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo no sentido de tentar reverter esta decisão que afeta profundamente um território que enfrenta um processo de despovoamento e desertificação?
