Política

PCP questiona Governo sobre impacto "negativo" do IKEA Algarve no comércio local

O Grupo Parlamentar do PCP adianta que por diversas vezes, questionou o anterior Governo PSD/CDS sobre este assunto.

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Estando prevista para os próximos meses, a abertura no concelho de Loulé de uma loja IKEA, integrada num centro comercial fechado e num outlet ao ar livre com dezenas de lojas e estabelecimentos de restauração, o Grupo Parlamentar do PCP refere em comunicado, que de acordo com os promotores, a área de influência desta grande superfície comercial estende-se a todo o Algarve e a vastas zonas do Baixo Alentejo, abrangendo uma população superior a meio milhão de pessoas.
 
Em reuniões que o PCP tem realizado com associaçãões representativas do comércio local/tradicional, estas indicaram "a sua profunda preocupação com proliferação das grandes superfícies comerciais (mais de 4 milhões de metros quadrados de nova área comercial desde o início dos anos 90 do século passado) e com o impacto devastador que a implantação do projeto IKEA poderá ter no Algarve e no Baixo Alentejo, com particular gravidade nos concelhos de Loulé, Faro, S. Brás de Alportel, Olhão, Tavira e Albufeira".
 
O Grupo Parlamentar do PCP adianta que por diversas vezes, questionou o anterior Governo PSD/CDS sobre este assunto, "o qual mostrou uma chocante indiferença para com os impactos devastadores que as grandes superfícies comerciais, e em particular a nova loja do IKEA e espaços comerciais envolventes, têm no comércio local/tradicional".
 
Assim, por intermédio dos deputados Paulo Sá e João Ramos, foram dirigidas ao Ministro da Economia algumas questões, para saber como avalia o Governo o impacto negativo no comércio local/tradicional que resultará da abertura em Loulé da nova superfície comercial do Grupo IKEA, se reconhece que a abertura desta nova superfície comercial contribuirá para agravar o desequilíbrio entre os diferentes formatos de comércio e para acelerar ainda mais o processo de desertificação dos centros urbanos dos concelhos limítrofes, e que medidas tenciona o Governo adotar para limitar esse impacto negativo e defender o comércio local/tradicional dos concelhos da área de influência desta nova superfície comercial.
 
Algarve Primeiro